Gravações do sistema de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram o despreparo de agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para impedir o avanço dos golpistas no dia 8 de janeiro. Os manifestantes bolsonaristas tiveram livre acesso e invadiram a Praça dos Três Poderes, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo.
Imagens obtidas pelo Congresso em Foco mostram os manifestantes avançando em direção ao STF vindos do Congresso Nacional. Os golpistas passaram com facilidade por um bloqueio da equipe de Choque da PM e tiveram acesso à Praça dos Três Poderes. As imagens serão incorporadas pelo STF no inquérito que apura atos antidemocráticos. Veja as imagens:
Utilizando máscaras, óculos de proteção e luvas, os bolsonaristas avançam para os gradis de segurança do Supremo enquanto a PM forma duas barreiras. Em menor número, os agentes de segurança recuam para a sede do STF e os golpistas avançam. Algumas granadas de efeito moral são lançadas, mas não intimidam os invasores. Em outro vídeo, é possível ver a horda já entrando no prédio enquanto agentes permanecem parados do lado de fora.
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Veja o vídeo:
Do lado de dentro, imagens mostram os bolsonaristas circulando livremente pelo prédio e causando destruição. Uma mangueira de combate a incêndios é utilizada para jogar água nas paredes e em obras de artes. Em outra gravação, os golpistas acessam o plenário da Corte e destroem as poltronas do local.
Interventor federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quinta-feira (26) que a Corregedoria da Polícia Militar abrirá mais um Inquérito Policial Militar para apurar as gravações. “As imagens sugerem falhas graves no planejamento e na execução. Tudo será apurado. Vamos separar o joio do trigo. A lei será cumprida”, destacou.
A Corregedoria da Polícia Militar abrirá hoje o 6° Inquérito Policial Militar para apurar os fatos expostos pelas imagens das câmeras do STF. As imagens sugerem falhas graves no planejamento e na execução. Tudo será apurado. Vamos separar o joio do trigo. A lei será cumprida
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 26, 2023
Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres era o Secretário de Segurança Pública do DF no dia dos ataques golpistas. Torres estava nos Estados Unidos e teve a prisão determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-secretário foi preso no dia 14 de janeiro e afirmou na audiência de custódia que “jamais questionou o resultado das eleições” e que não faz parte da “guerra ideológica” instalada no Brasil.
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