A família de Diego Ralf Bomfim decidiu pedir acesso a todos os autos do inquérito sobre a morte do médico, que foi assassinato com mais dois colegas de profissão em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (4).
Diego, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), foi vítima do crime organizado. A polícia civil do Rio de Janeiro levantou a hipótese de que as mortes podem ter ocorrido por engano. Um dos médicos teria sido confundido com um desafeto de facções criminosas.
A família do médico está formalizando a procuração para que advogados possam acessar as provas e o conteúdo da investigação de forma integral. Apesar da versão da polícia civil, diversos parlamentares frisaram a necessidade de investigações rápidas com acompanhamento da Polícia Federal para analisar o caso. O motivo seria a possibilidade de um assassinato político, relacionado à atuação combativa tanto de Sâmia quanto de Glauber, reconhecidos pela militância de direitos humanos e por denunciar a ação de milícias no Rio.
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Na noite de quinta-feira (5), a polícia civil encontrou quatro corpos, sendo dois deles suspeitos das dezenas de disparos que mataram o trio de médicos que participava de um congresso na cidade.
A tese da polícia é que o tribunal do crime teria agido para penalizar os criminosos pelo erro cometido. Ainda assim, isso não elimina a possibilidade de queima de arquivo, o que motivou a família do irmão de Sâmia a obter as informações dos relatórios.
“Um crime tão bárbaro precisa de uma investigação robusta e provas concretas para comprovar efetivamente a autoria e as motivações do crime”, comunicou a assessoria de imprensa da deputada Sâmia Bomfim.
PublicidadeCâmara se manifesta
Na quinta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para obter informações e pedir a apuração do assassinato do irmão da deputada e dos dois colegas médicos. Lira solicitou ainda que a Câmara seja informada do andamento das investigações.
Em nota divulgada à imprensa, a Mesa Diretora da Câmara repudiou toda e qualquer violência e se solidarizou com os familiares e amigos da vítimas.
“O presidente Arthur Lira tentou o contato e mandou condolências à parlamentar paulista, Sâmia Bomfim, se solidarizando e colocando os serviços da instituição à disposição, inclusive para a sua segurança pessoal”, informou a nota.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias
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