O jornalista Franklin Martins deixará o comando da comunicação da campanha do ex-presidente Lula à Presidência. A saída dele se dá uma semana após o PT afastar o marqueteiro Augusto Fonseca, escolhido por Franklin, para fazer a propaganda de rádio e TV de Lula.
Integrantes da cúpula petista estavam incomodados com o excesso de poder do ex-ministro da Comunicação Social, que também avançava sobre estratégias políticas. A situação se agravou com as críticas internas feitas por lideranças do partido às peças de campanha do petista veiculadas recentemente.
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O favorito para substituir Franklin Martins é o também ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara e coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. Além de ministro, ele também foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff. Também são cotados para a função o deputado Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT, e o senador Jacques Wagner (BA).
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Um dos coordenadores da campanha de Lula, o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) disse ao Congresso em Foco que a mudança na comunicação é natural. Segundo ele, os demais partidos que apoiarão o petista deverão ter maior protagonismo a partir de agora, atuando de forma colegiada em várias áreas, inclusive na comunicação.
“Estávamos numa fase que era só o PT tratando sobre a pré-candidatura do presidente Lula. Agora são seis partidos e o ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice”, afirmou. “Teremos a instalação de uma coordenação política prevista para após dia 3 de maio, e teremos as definições das equipes: agenda, comunicação etc. Não mais só o PT e sim um colegiado com vários partidos”, explicou. Segundo o ex-governador, Franklin deve continuar a exercer influência na campanha devido à sua experiência e à relação de amizade com Lula.
O novo marqueteiro de Lula será o baiano Sidônio Palmeira, que fez as campanhas de Jacques Wagner e Rui Costa ao governo da Bahia e de Fernando Haddad à Presidência, em 2018. A pré-candidatura de Lula deve ser lançada no próximo dia 7. Pesquisas divulgadas nas últimas semanas ainda apontam o petista na liderança, mas indicam redução na vantagem dele sobre o presidente Jair Bolsonaro, que postula a reeleição.
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