Auditores da Receita Federal realizam uma ação de protesto em diversos aeroportos brasileiros nesta terça-feira (30). Em estado de greve, os auditores estão fazendo “fiscalizações minuciosas de bagagem, com apoio de equipes de repressão e cães de faro”. A ação criou filas em diferentes regiões.

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Distrito Federal (Sindifisco-DF), os maiores aeroportos do Brasil são afetados por longas filas. Estão na lista:

• Aeroporto Internacional de Guarulhos;
• Aeroporto Internacional de Brasília;
• Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão;
• Aeroporto Internacional de Confins;
• Aeroporto Internacional de Viracopos;
• Aeroporto Internacional do Recife;
• Aeroporto Internacional de Fortaleza;
• Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre);
• Aeroporto de João Pessoa;
• Aeroporto de Corumbá – Posto Esdras, fronteira com a Bolívia; e
• Aeroporto de Salvador.

“Os Auditores não descartam a possibilidade de que mais operações desse tipo sejam deflagradas em breve”, diz comunicado do Sindifisco.

Filas foram registradas em ao menos dois aeroportos do país, em Manaus e Brasília, com passageiros parados aguardando a fiscalização de bagagens.

Filas foram registradas no Aeroporto de Manaus, um dos locais com ação dos auditores fiscais Foto: Unafisco e Sindifisco/Divulgação

O Aeroporto de Brasília também registrou longas filas e lotação do saguão nesta terça-feira (30) Foto: Unafisco e Sindifisco/Divulgação

Na semana anterior, os auditores fiscais também realizaram ações grevistas. Em mais de 12 pontos, o Fisco não liberou cargas e mercadorias em portos e aeroportos de diferentes estados.

Greve dos auditores

Os auditores fiscais estão em estado de greve há 72 dias. A principal demanda é o “cumprimento integral” do plano de aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf). A lei que cria o fundo foi regulamentada em junho de 2023.

Por meio do Fundaf, auditores fiscais podem receber bônus de eficiência. Os auditores cobram a efetivação do fundo ainda em 2024.

A direção do Sindifisco quer uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o tema.

A reunião foi solicitada em 18 de janeiro, mas até o momento a pasta não respondeu ao pedido dos auditores. Um ato deve ser realizado em Brasília na quarta-feita (31) para marcar as reinvindicações da categoria.