Parte da bancada do PSDB na Câmara vai se reunir na próxima quinta-feira (11) com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O encontro acontece após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se movimentar para tentar substituir Bruno Araújo na presidência do partido, em maio, e voltar a falar em expulsar da legenda o deputado Aécio Neves.
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O almoço com o governador gaúcho já estava agendado antes das articulações de Doria e inicialmente tinha o objetivo de mostrar as ações dele no estado, mas agora também servirá para debater os rumos do PSDB. Oito deputados vão a Porto Alegre (RS) tentar fortalecer o nome de Leite como uma alternativa a Doria na candidatura presidencial tucana de 2022. Aécio Neves não vai participar, mas aliados do mineiro no partido estarão presentes.
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Também há uma reação da ala do partido crítica a Doria para impedir que ele seja presidente do PSDB e fazer com que Bruno Araújo renove o mandato no comando da legenda por mais dois anos.
O governador paulista é considerado hoje o principal nome nacional do PSDB, mas tem enfrentado resistências da maior parte das bancadas do partido na Câmara e no Senado. Eduardo Leite é mais bem recebido pelos congressistas tucanos, sobretudo aqueles de fora de São Paulo.
Publicidade“Isso não pode ser feito da maneira como o governador parece querer, tem que conquistar a simpatia das pessoas, não pode querer se impor”, disse um deputado do PSDB ao Congresso em Foco sob a condição de anonimato.
O posicionamento do governador acontece depois de o PSDB ter se dividido na disputa pelo comando da Câmara entre Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Arthur Lira (PP-AL), vencedor do pleito e candidato do presidente Jair Bolsonaro.
Aécio é aliado de Arthur Lira e faz parte da ala do PSDB que defende uma aproximação maior com o governo. Apesar disso, o mineiro também é próximo de Rodrigo Maia e trabalhou no dia 1º de fevereiro, data da eleição para a presidência da Câmara, para que o partido ficasse oficialmente no bloco de Baleia.
A pressão para que o PSDB liberasse a bancada se intensificou após o DEM desembarcar do bloco de Baleia e decidir não entrar em nenhum. O PSDB estava dividido entre Baleia e Lira, mas, diferentemente do que acontece no DEM, o apoio tucano ao líder do Centrão não é tão público e muitos deputados do PSDB que apoiavam Lira não estavam dispostos a assinar uma lista expondo o voto no candidato.
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