A primeira aplicação da vacina contra a covid-19 em uma criança no Brasil ocorreu nesta sexta-feira (14), em São Paulo, quando o governador João Doria realizou uma cerimônia para marcar a data. Na oportunidade, Doria, que é presidenciável, criticou o Jair Bolsonaro pela demora da liberação de imunizantes para crianças de cinco a 11 anos.
“Eu lamento como governador, como pai, como brasileiro, as postergações feitas pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde, estabelecendo o retardamento desnecessário para o início desta vacinação. (…) Um governo que retarda a vacina para crianças por princípios ideológicos é um governo desumano”, declarou o governador.
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Um dos fatores para a demora no início da campanha pediátrica foi a realização de uma consulta pública, que ocorreu ao final de dezembro de 2021. Doria ressaltou o impacto da medida. “Se tivéssemos começado [a vacinação] imediatamente, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), (…), hoje todas as crianças do Brasil estariam vacinadas com ao menos uma dose”.
Doria também criticou o Ministério da Saúde por não garantir a quantidade necessária de doses para a primeira etapa da vacinação infantil. “O governo do estado de São Paulo recebeu 284 mil doses da vacina da Pfizer do Ministério da Saúde. Quantidade que não é suficiente para a imunização de todo o público alvo, que é estimado em 850 mil crianças. São crianças portadoras de deficiência, com comorbidades, quilombolas e crianças de famílias indígenas”, apontou.
A vacinação é um ponto de forte atrito entre Doria e Bolsonaro desde janeiro de 2021. No período em questão, o presidente não poupou esforços para impedir o governo de São Paulo de assumir o protagonismo na compra das vacinas contra a covid-19. Ao final do mesmo ano, Bolsonaro também adotou um discurso constante de oposição contra a aplicação dos imunizantes em crianças, declarando inclusive que não vacinará sua filha, de 11 anos de idade.
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