Líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) se reúnem na noite desta quarta-feira (26) em São Paulo com a cúpula do Podemos, para realizar a filiação dos pré-candidatos do movimento. Com a entrada de seus coordenadores como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o deputado estadual Arthur do Val, o movimento firma sua aliança com o presidenciável Sergio Moro, que também estará presente na cerimônia.
A aliança com Moro é parte de uma antiga busca do movimento para encontrar um nome na terceira via. “O MBL trabalha incessantemente para a construção de uma alternativa ao PT e a Jair Bolsonaro desde 2019, combatendo todas as hipocrisias, mentiras e desastres da maior quadrilha e do maior estelionatário eleitoral que esse país já viu”, declarou sua assessoria de comunicação.
Leia também
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias.
Kim Kataguiri já havia anunciado em 2021 o plano de concentrar os candidatos do MBL em uma única legenda. Até então, o movimento possuía seus líderes dispersos em diversos partidos: Kataguiri, Arthur do Val e o vereador paulista Fernando Holiday se elegeram pelo Democratas. O vereador Rubinho Nunes, que também se junta ao Podemos, se elegeu em 2020 pelo Patriota, que também concentra militantes. Outro partido de destaque entre os membros do MBL é o PSDB, que já elegeu ao menos sete militantes para cargos municipais entre 2016 e 2020.
Esta não é a primeira vez que o MBL gravita ao redor de um candidato à presidência. Em 2018, apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro, em uma aliança que durou pouco tempo: em maio de 2019, romperam com o presidente, alegando que o mesmo flertava com ideais autoritários e procurava utilizar o aparato estatal em benefício próprio.
Desde então, o movimento procurou se retratar como uma das vozes na formação de uma terceira via, chegando a organizar manifestações em 2021 em oposição tanto ao governo Bolsonaro quanto à candidatura de Lula. Os atos, que ocorreram no dia 12 de setembro, receberam pouca adesão, e comprometeram a credibilidade do movimento. Com isso, saíram das ruas e passaram a adotar uma postura mais discreta, concentrada nas próximas eleições.
PublicidadeApesar do histórico de candidaturas com o PSDB, o MBL desta vez alega estar empenhado em “libertar o nosso estado de São Paulo das garras do tucanismo” – lá, o PSDB elege governadores ininterruptamente desde 1994. Arthur do Val deverá, na mesma cerimônia, oficializar sua candidatura ao governo do estado. Seu nome será lançado ao executivo mesmo após a derrota ainda no primeiro turno nas eleições municipais de 2020, quando concorreu para prefeito na capital paulista.
> Moro promete apresentar rendimentos obtidos na Alvarez & Marsal
> O risco iminente de Lula e Moro disputarem o segundo turno eleitoral
Deixe um comentário