A senadora gaúcha Ana Amélia (PP) afirmou hoje (2) que vai abrir mão de sua reeleição ao Senado em nome de um “projeto de interesse maior”: integrar a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa à presidência da República. No entanto, essa formação depende do apoio do PSDB ao deputado federal Luís Carlos Heinze (PP/RS), em sua candidatura ao Senado. Heinze concorreria ao governo do Rio Grande do Sul, mas, com o novo acordo, ele deve disputar a cadeira de Ana Amélia no Senado.
Com a mudança de cenário, a senadora afirmou que só dará a palavra definitiva ao ex-governador de São Paulo depois que os dois partidos chegarem ao entendimento sobre as candidaturas e coligações. “A decisão final só será feita a partir dos entendimentos da bancada do meu partido, o progressista do Rio Grande do Sul, e do PSDB”, afirmou.
“Foi uma honra muito grande, como senadora de primeiro mandato, chegar a essa condição”, declarou Ana Amélia. Mas ao mesmo tempo a parlamentar afirma que é uma decisão difícil, pois sua candidatura ao Senado estava bem encaminhada.
Leia também
Os partidos do “Centrão” – integrado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade – indicaram apoio ao tucano e vinham discutindo o nome que iria compor a chapa com o tucano. O ex-governador tinha um leque de possíveis vices, desde que o empresário Josué Gomes da Silva, a primeira opção, rejeitou formar chapa com ele. Entre os demais nomes estavam o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo (SD), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, e o empresário Benjamin Steinbruch.
O nome da senadora pepista não era consenso entre os caciques do próprio partido, mas diante das opções ventiladas ela está entre os preferidos do tucano. Até o início desta semana, a parlamentar se declarava pré-candidata à reeleição pelo Rio Grande do Sul e se dizia comprometida com a candidatura ao Senado.
Ana Amélia descarta ser vice de Alckmin e diz que convite é especulação
Vida política
Jornalista especializada em economia, ficou conhecida por seu trabalho no grupo RBS, onde atuou por três décadas, entre Brasília e Porto Alegre. Chegou ao Senado em 2010, em sua primeira disputa eleitoral.
Uma das lideranças da Frente Parlamentar Agropecuária, atua na defesa do agronegócio e da livre iniciativa. Também tem projetos na área da educação e da saúde. Aos 72 anos, Ana Amélia preside a Fundação Milton Campos, instituição de formação política do PP.
* Estagiária Thallita Essi, sob a supervisão de Luisa Marini
PTB, PSD e SD selam aliança com Alckmin. Grupo compôs “base” de Cunha
Deixe um comentário