Os partidos do chamado “Centrão”, grupo que formalizou aliança em torno de Geraldo Alckmin (PSDB), já estabelece pré-requisitos para indicar um vice para a chapa do tucano. Desde a recusa oficial de Josué Gomes – filho de José Alencar, vice dos dois mandatos presidenciais de Lula –, os articuladores do grupo composto por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade procuram um nome para compor a chapa.
Nos últimos dias, os nomes dos deputados do DEM Mendonça Filho (PE) e Tereza Cristina (MS), o da vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (PP), e do ex-ministro de Lula Aldo Rebelo (Solidariedade) foram cogitados para vice de Alckmin. Dos quatro, três cumpririam os principais pré-requisitos do “Centrão” para a chapa.
Segundo a Coluna do Estadão, além de rejeitar a ideia de ter ex-ministros de Temer na chapa (o que excluiria Mendonça Filho da lista), o Centrão não quer indicados nascidos em São Paulo ou respondendo a processos. O nome mais forte até o fim da manhã de hoje (segunda, 30), é o de Margarete Coelho. O de Tereza Cristina deixou de ser citado durante o fim de semana.
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Por sua vez, Aldo Rebelo negou qualquer negociação com o tucano. À reportagem do jornal, Aldo disse que não foi procurado por Alckmin e que não considera a hipótese de compor com o tucano.
Dificuldades com DEM
As demais siglas do grupo não querem ver o DEM com a vaga de vice do ex-governador paulista por entenderem que o partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), já tem espaço demais.
Maia tentará a reeleição como deputado e, se eleito, deve ter o apoio das siglas para mais dois anos na presidência da Casa. Se o posto de vice de Alckmin for ocupado por alguém do DEM, o acordo com os demais partidos pode ser desfeito.
Por causa de alianças estaduais, o DEM também não garantirá palanques ao tucano pelo país, disse Maia após a convenção do partido no Rio de Janeiro. O fluminense afirmou que a sigla não abrirá mão de nenhuma candidatura a governos estaduais. “O DEM tem projeto de fortalecimento de seus palanques em todos os Estados que tivermos condições”, afirmou Maia.
Com candidatos próprios em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Sergipe e Santa Catarina, o partido de Maia deve concorrer diretamente contra o PSDB. De acordo com levantamento do Estadão, Alckmin terá de lidar com palanques conflitantes em pelo menos 12 estados.
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