A despeito da combinação das crises sanitária, econômica e política que o país enfrenta, nunca tantos brasileiros se lançaram a uma disputa eleitoral. Na manhã deste domingo (27), quando começa a campanha em todo o Brasil, a Justiça eleitoral contabilizava o pedido de registro de mais de 542 mil candidaturas. Eram 496 mil há quatro anos (em 2012, foram 481 mil). Um salto de 9% na comparação com a eleição passada. A diferença pode ser ainda maior, pois o prazo para solicitação de registro acabou ontem à noite e os dados ainda podem ser atualizados.
Devido à pandemia, a votação foi adiada de outubro para novembro. O prazo de campanha não foi prejudicado Serão 49 dias até o primeiro turno, em 15 de novembro, ante os 45 de 2016. Onde houver segundo turno, eleitores voltarão às urnas em 29 de novembro.
Assim como na eleição passada, o MDB é campeão em número de candidatos, com mais de 8% dos pedidos de registro. Em seguida aparecem o PSD, com 7,2%, e o PP, com 7%. O PSDB, que teve o segundo maior número de candidaturas solicitadas há quatro anos, agora é o quinto, com 6%, mesmo percentual alcançado pelo DEM, que aparece ligeiramente à frente.
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Com um crescimento de quase 25% no pedido de candidaturas em relação a 2016, quando amargou uma de suas maiores derrotas eleitorais, ainda sob o reflexo imediato do impeachment de Dilma Rousseff, o PT subiu da sétima para a sexta posição. O partido aumentou em 20% o número de candidatos a prefeito. Atualmente a sigla não governa nenhum dos 100 municípios mais populosos do país. O PSL, legenda pela qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 e com a qual rompeu em 2019, é o 12º em candidaturas.
Veja outros números das candidaturas, conforme dados preliminares divulgados até a manhã deste domingo pelo TSE (dados sujeitos a atualização):
Número de candidatos por partido:
Percentual de candidaturas femininas teve ligeiro aumento em comparação a 2016, quando os homens eram 68% e as mulheres, 32%.
Índice de candidatos que se declaram pretos cresceu de 8,64%, em 2016, para 10,44%. O de brancos caiu de 51,4% para 47,8%. O de pardos, que era de 39,1%, agora é de 39,3%. Indígenas eram 0,35% e amarelos, 0,44% há quatro anos. Cresceu 3 pontos percentuais os candidatos que informaram ter curso superior completo. A exemplo de 2016, o maior contingente de candidatos declarou ter ensino médio completo. Entre os que especificaram a profissão, os agricultores seguem sendo os mais numerosos.
Veja as estatísticas atualizadas dos registros de candidatura na página do TSE
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