Embora lidere as pesquisas no cenário em que o ex-presidente Lula é excluído, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda tem um futuro incerto, na avaliação de cientistas políticos entrevistados pelo Congresso em Foco. Eles concordam que dificilmente o ex-capitão do Exército ficará fora do segundo turno e que seu grande desafio será evitar o isolamento nessa etapa da eleição. Coligado apenas com o PRTB, de seu vice, o General Mourão, Bolsonaro tem dito que dispensa alianças. Essa posição, ressaltam, terá de ser revista caso ele passe da primeira rodada.
“A grande questão é quem vai para o segundo turno contra Bolsonaro”, diz o cientista político David Fleisher, professor da Universidade de Brasília (UnB). Na avaliação dele, Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) têm mais chances de ir para o segundo turno do que Fernando Haddad (PT). De acordo com o Datafolha, Marina disputaria o segundo turno contra o militar hoje em um cenário sem Lula. “Bolsonaro está bastante isolado. Embora a Marina não seja o centro da classe política tradicional, como Ciro e Alckmin, ela é aceita como candidata melhor do que Bolsonaro”, disse David.
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Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e o candidato do PT, David acredita que os partidos apoiariam o PT e manteriam Bolsonaro isolado. “Para os outros partidos, o Bolsonaro é considerado um inimigo maior. Acho que ele teria pouca chance de ganhar.”
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Já o cientista político Antônio Flávio Testa acredita que é provável que outros partidos firmem aliança com o deputado no segundo turno. “Segundo turno é outra eleição. Vão aparecer apoiadores de um lado e outro. Bolsonaro diz que não vai fazer aliança, mas isso é agora. No segundo turno, você vai ver o Brasil dividido em dois grupos”.
O professor acredita que, em um possível segundo turno entre Haddad e Bolsonaro, o deputado fluminense teria mais chances. Já em um cenário que ele enfrenta Alckmin, o ex-governador de São Paulo teria vantagem. “Se for Ciro e Bolsonaro, é provável que o centrão apoie Bolsonaro por causa das posições muito radicais do Ciro”, disse Antônio Flávio.
Publicidade“Se ficar Bolsonaro de um lado, é provável que todo mundo vá para o outro lado. Mas, se por acaso, o Bolsonaro chegar a 35% antes do segundo turno, vai haver uma debandada para ele, e vai começar pelo centrão”, disse o cientista político.
Para professor do departamento de Ciência Política da UnB Ricardo Caldas, em um eventual segundo turno entre PT e Bolsonaro, o mais provável é que o PSDB se mantenha neutro.
Pelo levantamento do Datafolha divulgado nesta quarta-feira (22), Alckmin, Marina e Lula ganhariam de Bolsonaro no segundo turno. O único cenário em que o deputado sai campeão é contra Haddad, nome ainda pouco conhecido do eleitorado. Apesar de liderar a corrida presidencial no cenário em que a candidatura de Lula é barrada, Bolsonaro também aparece como o candidato com a maior rejeição: 39% dos entrevistados disseram que não votariam nele em hipótese alguma.
Para o professor Ricardo Caldas, é difícil ter clareza sobre a capacidade de transferência de votos do ex-presidente Lula. Preso desde abril e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula tenta conseguir na Justiça o direito de disputar a eleição. Em tese, ele está inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa. Ainda assim, o PT registrou sua candidatura e seu nome aparece na frente da pesquisa, com 39% de intenção de votos.
“Com certeza ele vai transferir voto, o que a gente não sabe responder é quanto”, diz o professor. “Grosso modo, ele consegue transferir metade dos votos. Contar com mais que isso é otimismo e menos que isso é pessimismo”, diz Caldas.
Jamais votaria no PT, NUNCA MAIS,EM NINGUÉM DO PT. DIFICIL escolher um candidato que me agrade
Bolsonaro, “O Mito”, lembra-me muito de Collor, “O Caçador de Marajás”. Sua campanha baseia-se em promessas que o povo deseja imensamente, mas não há perspectiva nenhuma de praticá-las. É como a proposta de Ciro de limpar o nome de quem o tem sujo junto ao Serasa. Palavras ao vento…
Collor, quando eleito, fez o governo do “eu sozinho”, tentou administrar o país sem amparo do Congresso, composto por corruptos como ele. Deu no que deu, não quis dividir o butim, botaram ele na rua.
Bolsonaro nunca teve nenhum apoio no Congresso, sempre se isolou. Continua isolado na campanha eleitoral deste ano. Dificilmente terá futuro. E, se eleito, coisa que não acredito, terá as mesmas dificuldades com o Congresso como Collor e Dilma, é um grande candidato a um processo de impeachment.
ISOLAMENTO ??? Como assim, Sr. “especialista” ???
Esses cientistas políticos brasileiros são uma verdadeira piada sem graça nem uma. Bolsonaro vai dar um chapéu nesses mequetrefe.
Jamais votaria nele, no Bolsonaro, eu e muitos muitos outros.
Agora engula sua otária. Kkkkk
É bobagem dizer que Bolsonaro terá que vencer o “isolamento” no segundo turno, quando a exposição na mídia é exatamente a mesma para os dois candidatos que passarem para esta fase e justamente seu suposto isolamento do sistema ( uma tremenda lorota, já que militou em partidos do centrão e faz promessas aos ruralistas e mercado financeiro) é o que atrai seus fiéis eleitores e talvez os indecisos que podem bandear para aquele ligado a associações menos tóxicas. Qualquer um que seja eleito ( menos o Picolé de Xuxu, já associado ao centrão e amicíssimo de Temer) terá que lidar com os ratos do porão do poder. Inclusive ao olhar no espelho, pela manhã!
Na opinião dos “cientistas políticos” (ciência em política é como astrologia em astro-física) então, o Sr. Bolsonaro precisa fazer alianças com os canalhas e corruptos que estão envolvidos com os outros candidatos, é isso ?
Explique como ele governaria sozinho.
Eu não sei como ele governaria sozinho, mas eu sei como seria o governo dele se estivesse envolvido com o mesmo tipo de “gente” dos outros candidatos.