Em um evento do PL Mulher em Santa Catarina neste sábado (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro se queixou, sem citar o nome, das prisões remanescentes das operações que sucederam os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. De acordo com ele, os manifestantes são mantidos em cárcere “de forma covarde”, referindo-se a eles como “irmãos” que sofrem em Brasília.
“Hoje temos aproximadamente 300 irmãos presos em Brasília. Presos de forma covarde, de forma arbitrária. Que esse seu sofrimento, se Deus quiser, chegará ao seu fim. E lá, mais uma profunda marca. Eles não querem, realmente, que nós venhamos a saber a verdade do que acontece em nosso país. Eles querem esconder a verdade”, declarou.
Bolsonaro não especificou quem seriam essas pessoas tentando “esconder” algo sobre o 8 de janeiro.
As operações de desocupação das sedes dos três poderes em 8 de janeiro e a desmobilização do acampamento que deu origem ao ato, em frente ao quartel-general do Exército, resultaram em 2182 prisões, parte delas em flagrante delito e parte delas de caráter preventivo, solicitadas pela Polícia Federal. Até o mês de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisou individualmente os pedidos de liberdade provisória, restando 294 presos na capital.
Desde então, o esforço para tentar libertar os 294 investigados restantes tornou-se uma constante entre membros da oposição no Congresso Nacional, especialmente por parte do PL. Eduardo Girão (Novo-CE) chegou a comparar os presos às vítimas do Holocausto, e comparou os parlamentares que os apoiam ao empresário alemão Oskar Schindler, conhecido por proteger mais de mil judeus contra a perseguição. Sua fala foi imediatamente repudiada pelo Instituto Brasil-Israel.
Filhotes de ÁTILA o flagelo de deus.