A sonhada Frente Ampla seria uma coalizão política nucleada pela unidade da esquerda, formando um pólo capaz de atrair parcelas do centro e forças mais amplas da sociedade.
A cristalização de duas candidaturas do campo progressista indica que este caminho parece cada vez mais improvável. A pancadaria entre o PT e Ciro está a todo vapor, um apostando no isolamento do outro.
Os pedetistas culpam o hegemonismo petista. Apontam o dedo para os erros cometidos pelo PT em seus governos. Como maior força do campo, o PT reivindica a liderança da frente. Lula é o maior líder e principal cabo eleitoral do pleito.
Como sabe que não irá longe isolado e tem consciência do poder de pressão do PT sobre a esquerda, Ciro vai atrás do Centrão e do DEM.
Os petistas batem pesado e acusam Ciro de não ser “de esquerda”. Não querem ninguém ciscando na sua “fatia do mercado”. O programa apresentado pelo pedetista coloca no centro o enfrentamento ao capital financeiro e a defesa do projeto nacional de desenvolvimento.
Independentemente da identificação dos culpados, o fato é que a política de frente ampla parece derrotada.
Os sinais históricos não são nada promissores. A chegada da esquerda ao poder esteve diretamente ligada à sua capacidade de ampliação.
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A flexibilidade tática, hoje demonizada por alguns é, de forma torta, apresentada como capitulação estratégica. Uma leitura equivocada da correlação de forças que sustenta visões baseadas apenas em vontades.
Esta situação pode levar o PSB à neutralidade. O apoio ao PT seria um pesado revés para Márcio França em São Paulo. O apoio ao PDT poderia decretar a derrota do PSB em Pernambuco, com a confirmação da petista Marília Arraes ao governo do estado.
No PT prevalece até aqui a política de frente de esquerda. Será difícil que algum partido aceite passar um cheque em branco para Lula assinar apenas em setembro.
Se acontecer, a ampliação da candidatura petista será uma boa novidade. Não conseguindo apoio de alguém mais amplo, o PT vai pressionar o PCdoB oferecendo a vice.
Manuela faz uma bela campanha. A candidatura própria até o fim seria uma novidade para o PCdoB. Num quadro de iminente fragmentação, o que fazer?
Candidatura própria, Ciro ou quem Lula indicar em setembro? Orientar-se pela busca de identidade própria, afinidade programática, pela leitura da correlação de forças ou agir pragmaticamente pensando nas melhores condições para os candidatos comunistas no pleito?
Marina continua sua saga de candidata forte nas pesquisas sem partido viável.
A tendência do DEM é o apoio ao PSDB. PTB e PSD devem seguir o mesmo caminho. O MDB continua com seu “Cristiano” Meirelles. O PRB deve ter candidato. O PR, segundo seu presidente, está dividido entre Bolsonaro e Lula. O PP flerta com Ciro. Aldo Rebelo, do Solidariedade, tenta virar a opção do Centrão. Se não vingar, Solidariedade e PP ficarão entre Alckmin e Ciro.
Bolsonaro joga certinho. Com a Lava Jato nos calcanhares de um Alckmin esquálido, é presença cada vez mais provável no segundo turno.
Não irá a debates no primeiro turno. Evitará tropeços e reforçará sua imagem de “negação da política”, “anti-establishment”. Divide a batalha estrategicamente em duas etapas e sonha com o PT no segundo turno. Curiosamente, o PT também sonha enfrentá-lo.
Uma ameaça fascista rondando e a esquerda dividida, trocando tapas. Nem crianças enjauladas em pleno século 21 no “país da liberdade” parecem sensibilizar os partidos progressistas.
A derrota da política de frente ampla é um grave e perigoso retrocesso. Só nos resta rezar para que um desastre civilizacional não esteja a caminho.
Do mesmo autor:
Bolsonaro é igual a qualquer um tucano, só um pouco mais brega!
É melhor JAIR se acostumando
Bolsonaro é muito fraco, não tem conteúdo, se mostra o tempo inteiro como um testa de ferro para os bancos e para os americanos.
Em diversas falas ele aponta isso
Então sua campanha se resumirá a soltar um monte de asneiras e frases feitas para o cidadão de cultura média.
2019 É Ciro Presidente!
Onde estarão as lideranças populares de direita desse país?
No PSL. 17 Bolsonaro
Nao da pra ser popular defendendo que Portugal nunca escravizou ninguém, chapa.
O cenário de bate boca de candidatos todos falam e ninguém ouve, mas se ouvisse não daria para entender quase nada. afinal ninguém fala coisa com coisa.
Mas mesmo que falasse algo inteligível, não poderia confiar em nada que eles falam. Afinal são apenas frutas podres de fim de feira ou rebotalhos que ainda tentam sobrevier vindo de algumas sobras do que ficaram após as investigações da Lava Jato e etc…
Desastre civilizacional já tivemos com seus queridinhos petistas no poder. Se essa corja que arruinou o país não retornar, estamos no lucro.
Jair será presidente sem muito esforço, quem seriam seus adversários, lula preso? Ciro que mais cedo ou mais tarde será derrotado por sua lingua? marina que parece copa do mundo, so aparece de 4 em 4 anos, e sempre com as mesmas propostas vazias? os demais nem vale a pena comentar, pois são nanicos enrolados na lava jato, que não chegam a dois digitos nas pesquisas e não passarão disso.
Em nome de tudo que é sagrado : esse país jamais será governado por Bolsonaro ou verá Lula como presidente novamente. Nenhuma dessa coisas deve acontecer. Não quero milico idiota e muito menos um esquerdista ladrão como presidente.
seu candidato já explicou os 10 milhões que recebeu da odebrecht? o santo acabou, nao vai chegar nem nos 2 digitos de voto esse ano. psdb, pt e pmdb terão o mesmo fim, quadrilhas que serão extintas. e não adianta vir com perfis falsos tentando fazer campanha e mostrar que o santo tem apoio na internet que esse ano não cola
Otimo Lucas!
Meu candidato ? Meu candidato é honesto demais pra se candidatar, Roberto Azevêdo da OMC. E meu perfil é esse mesmo, entendeu troll ?
A ameaça fascista pode ser o Ciro Gomes também, já que para ele a ditadura venezuelana é uma democracia perfeita assim como o Brasil ou os EUA…
Ameaça fascista? O que há de mais parecido com o fascismo no Brasil é o PT, PC do B e afins, a sua querida esquerda…