O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devolveu nesta terça-feira (4) o terceiro conjunto de joias que recebeu de presente do governo da Arábia Saudita. Os itens foram entregues em uma agência da Caixa Econômica Federal em Brasília (DF) atendendo um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU).
O kit entregue é composto por um relógio Rolex, uma caneta Chopard, abotoaduras, anel e uma masbaha — espécie de rosário para a religião islâmica. Bolsonaro teria recebido a caixa após um almoço com o rei saudita Salman Bin Abdulaziz Al Saud, em outubro de 2019. A estimativa é que os itens somam mais de R$ 500 mil e ficaram com o ex-presidente mesmo após o fim de seu mandato.
No Twitter, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, confirmou a devolução dos presentes. “A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto”, afirmou Wajngarten.
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A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, entregou hoje à tarde, terça-feira, 4, o terceiro kit de presente que ele recebeu em 2019, dentro do prazo estabelecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) April 4, 2023
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A entrega dos itens acontece na véspera do depoimento que Bolsonaro deverá prestar à Polícia Federal (PF) sobre os presentes milionários que Bolsonaro recebeu do governo da Arábia Saudita. Um dos outros presentes, estimado em R$ 400 mil, entrou no país sem passar pela alfândega e foi incorporado ao acervo do ex-presidente, em novembro do ano passado.
As joias estavam sob posse da comitiva do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em outubro de 2021. No dia 24 de março, a defesa de Bolsonaro atendeu a determinação do TCU e devolveu os presentes.
A comitiva também tentou entrar no país com um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões, que seriam destinadas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os itens foram apreendidos pela Receita Federal após um assessor do ministério tentar entrar no país sem declarar os itens.
Bolsonaro tentou reaver as joias apreendidas em ao menos quatro oportunidades, sendo a última no dia 28 de dezembro de 2022, no apagar das luzes de seu mandato. O sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva utilizou um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir ao aeroporto de Guarulhos (SP) para tentar recuperar as joias, sem sucesso.
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