O policial penal federal Jorge Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, teve sua prisão domiciliar revogada pela justiça que determinou a transferência dele para o Complexo Médico Penal de Pinhais, no Paraná. O crime aconteceu em Foz do Iguaçu. Arruda comemorava sua festa de 50 anos com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente.
Guaranho, apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
A revogação da prisão domiciliar ocorreu nessa sexta-feira (12), dois dias após o bolsonarista receber alta do hospital, onde ficou internado por um mês por ter sido baleado por Marcelo durante troca de tiros.
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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, o policial foi avaliado por uma equipe médica que estava de plantão do CMP, e já se encontra detido em uma cela, neste sábado (13).
A defesa do policial afirma que a prisão dele é “ilegal e desumana” e alega que só deve ser colocado em prisão preventiva o réu “representa um risco à sociedade ou pode fugir ou atrapalhar a produção das provas”, o que segundo a defesa não se configura no caso de Guaranho.
PublicidadeDe acordo com a defesa da família do petista Marcelo Arruda, a permanência de Jorge Guaranho em prisão domiciliar era “uma afronta à Justiça, uma vez que o réu cometeu crime hediondo por intolerância política, que violou flagrantemente direitos humanos”, havendo ainda “risco de fuga para o estrangeiro, por ser uma cidade de fronteira”.
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