O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado na manhã desta terça-feira (17) pela RedeTV! e pelo portal UOL, foi marcado por confrontos intensos, gritarias e trocas acaloradas de acusações. O evento começou às 10h20 sob um clima tenso, com o primeiro reencontro entre Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB), menos de 48 horas depois de o tucano ter arremessado uma cadeira contra o coach durante debate da TV Cultura. Diferentemente do programa anterior, desta vez as cadeiras utilizadas pelos candidatos foram afixadas ao piso do estúdio. Não voaram cadeiras, mas sobraram ataques.
O Congresso em Foco, que é parceiro do UOL, retransmitiu o debate:
Datena x Marçal
Durante o debate, Datena e Marçal discutiram o incidente. O candidato do PRTB chamou o adversário de “agressor” e de “orangotango”. Datena solicitou o direito de resposta e declarou que, apesar de não se orgulhar do ocorrido, agiu para proteger sua família. “Você pode me provocar da forma que você quiser, que eu não vou partir para agressão com você porque eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só, eu não vou fazer isso”, rebateu.
Política x polícia
PublicidadeO debate foi interrompido momentaneamente devido a uma discussão acalorada entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). A moderadora, a jornalista Amanda Klein, ameaçou suspender ambos caso não se acalmassem. “O debate tem que ser sobre política, não sobre polícia”, ressaltou Amanda, interrompendo a gritaria protagonizada pelos dois.
Veja o trecho:
Nunes x Marçal
Marçal chamou o atual prefeito de São Paulo de “bananinha” e citou um boletim de ocorrência por violência doméstica registrado pela esposa do emedebista em 2011, conforme revelado pela Folha de S.Paulo.
O prefeito reagiu e fez referência à condenação do adversário, em primeira instância, por furto qualificado após operação da Polícia Federal que desarticulou uma quadrilha especializada em invadir contas bancárias por meio da internet em 2005.
“Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele. A forma como ele vem colocando e tratando as pessoas assim, é a forma da malandragem de cadeia. Ele cria na provocação, ele manda mensagens das pessoas, como mandou pra mim, se solidarizando, como o Datena colocou e saiu no UOL, na mesma estratégia que fez com aqueles aposentados, pessoas humildes, de mandar e-mail, querendo ganhar a confiança da pessoa, a pessoa acessava, levava ali à abertura das suas contas correntes, para ele subtrair o recurso, quem tá falando isso é a Justiça, é a condenação de quatro anos e cinco meses, onde ele já foi preso. Agora, é o tempo todo atacando as pessoas”, afirmou. “Ele é especialista em dar golpe, e as pessoas às vezes caem no golpe”, acrescentou.
Marina x Tabata
Durante o debate, a candidata Marina Helena (Novo) acusou Tabata Amaral (PSB) de usar jatinhos para visitar o namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB). A deputada negou veementemente ter utilizado esse tipo de transporte para encontrar João Campos. “Tabata andou sim, andou de King Air bimotor, pegou o avião em Luziânia [GO], parava em Feira de Santana [BA], para visitar o seu namorado em Recife”, insistiu a candidata do Novo.
“Isso é um delírio. Eu tenho família em Feira de Santana e não me lembro da última vez… [Aliás], a última vez que estive em Feira de Santana fui de ônibus, o que não recomendo porque Minas não acaba nunca, quando eu era pequena”, afirmou Tabata. “Com todo respeito, aguarde um processo”, completou.