A pré-candidatura de João Doria à Presidência da República sofreu mais uma derrota no partido. O ex-senador de São Paulo e ex-chanceler Aloysio Nunes (PSDB) declarou, nesta sexta-feira (13), que colocou as rivalidades com o PT de lado e que deve votar no ex-presidente Lula para presidente nas eleições deste ano.
“O segundo turno já começou e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no primeiro turno”, disse Aloysio em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Não existe essa terceira via; só existem duas: a da democracia e do fascismo. Se quisermos salvar o Brasil da tragédia de Bolsonaro, teremos de discutir o que vamos fazer juntos”, completou.
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Na avaliação de Aloysio Nunes, o ex-governador João Doria não tem como emplacar a candidatura – ele até o momento patina nas pesquisas de intenção de voto. O PSDB e o Cidadania, que entraram com um pedido de federação partidária no TSE, ainda mantém o desejo de lançar um candidato único na chamada “terceira via” ao lado do MDB. No entanto, tanto João Doria, pelo PSDB, como a senadora Simone Tebet, pelo MDB, encontram resistência em seus respectivos partidos.
O que se comenta é que além de Aloysio Nunes, outros quadros históricos do PSDB, como José Aníbal e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, devam declarar apoio a Lula. Na avaliação de Aloysio Nunes, o momento agora é de unir forças para derrotar o projeto de reeleição do presidente Bolsonaro (PL).
“Chegou-se a esse dilema no PSDB porque o partido não tem unidade interna para lançar um candidato a presidente da República. Num período de grande turbulência e exacerbação de Bolsonaro, não foi capaz de dar nenhum sinal claro para o eleitorado. Então, desapareceu no cenário político. Sumiu”, criticou o ex-senador.
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