O veículo de comunicação pró-Bolsonaro Terça Livre cedeu seus direitos de transmissão à iniciativa Artigo 220, canal do YouTube de mesmo alinhamento. A manobra tem por objetivo contornar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear os canais de mídia social de Allan dos Santos, sócio majoritário do Terça Livre investigado no inquérito das Fake News.
Além de terceirizar a transmissão de conteúdo, Allan dos Santos criou um serviço de assinatura especial para o Terça Livre. No site do serviço, o blogueiro afirma ser perseguido pelo STF. “Eles querem nos calar. (…) O fenômeno foi se tornando comum: perfis e canais de direita começaram a sofrer uma censura velada. Depois, a censura se tornou explícita”.
Sua narrativa não se limita a chamar as ações judiciais de censura. Para Allan dos Santos, o bloqueio de seus perfis nas redes sociais por iniciativa própria das empresas, bem como de seus serviços de crowdfunding representa uma perseguição por parte das grandes empresas. O serviço de assinatura do Terça Livre chega a contar com apoio de Jair Bolsonaro, que segue o perfil de divulgação no Twitter.
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Mesmo com o bloqueio de suas redes sociais, Allan dos Santos preserva seu canal no Telegram, onde mantém tom agressivo contra ministros do Supremo. “E Alexandre de Moraes quer dizer que “indícios” apontam que por ter reunido deputados de direita na minha casa sem nunca receber um centavo por isso eu seria o responsável pela desestabilização da república com um site de notícias? Lave a sua boca para falar de mim, seu psicopata”, publicou sobre o episódio.
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