O dólar atingiu novos patamares históricos, encerrando a quarta-feira (18) a R$ 6,26 e alcançando R$ 6,30 na manhã desta quinta-feira (19) antes de recuar, devido à intervenção do Banco Central. A valorização da moeda norte-americana reflete preocupações do mercado com o cenário fiscal e a tramitação do pacote de corte de gastos no Congresso.
Nesta manhã o BC realizou um leilão extraordinário de US$ 3 bilhões, a oitava intervenção na semana, totalizando US$ 15,7 bilhões para aumentar a oferta de dólares e conter a alta da moeda. Outros dois devem ser realizados ainda hoje: um de até US$ 5 bilhões e outro de, no mínimo, US$ 1 bilhão.
Embora algumas medidas do pacote tenham sido aprovadas, modificações significativas foram feitas, reduzindo o impacto esperado em despesas públicas, principalmente na Previdência e Saúde. Alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Fundo Constitucional do Distrito Federal incomodaram o mercado financeiro. O pacote fiscal visa economizar R$ 70 bilhões até 2026, mas a eficácia é questionada pelo mercado devido à exclusão de ajustes importantes.
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O Federal Reserve (Fed) cortou os juros nos EUA, o que gerou especulação sobre a economia americana sob a nova administração do presidente eleito Donald Trump, afetando o mercado brasileiro.
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, apresentou uma queda de 3,15% na quarta-feira, mas teve uma leve alta de 0,28% na quinta-feira, refletindo a cautela dos investidores. As próximas votações no Congresso, previstas para logo mais, e novas intervenções do BC serão decisivas para o futuro do câmbio e da economia até o final de 2024.