A União Europeia decidiu financiar a compra e a entrega de armas para que a Ucrânia possa enfrentar a Rússia. O bloco também anunciou que vai bloquear o espaço aéreo europeu para os russos e aplicar sanções a Belarus por ter colaborado na ofensiva militar contra os ucranianos. As medidas foram anunciadas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Pela primeira vez, a UE vai financiar a compra e fornecimento de armas e equipamentos ao país que foi atacado. Também estamos intensificando as sanções contra o Kremlin”, disse ela.
A União Europeia pode destinar 450 milhões de euros para a compra de equipamentos, como mísseis antitanque, e outros 50 milhões para compra de outros insumos necessários pelo governo local. O diplomata-chefe da UE, Josep Borrell, disse que um mecanismo especial de coordenação com o lado ucraniano será criado para ajudar a atender às necessidades.
No sábado, revendo sua posição anterior, o governo alemão anunciou que pretende fornecer sistemas antitanque e de defesa aérea, e também liberou a exportação, por parte da Holanda, de equipamentos de tecnologia alemã.
Ursula von der Leyen afirmou que a UE vai intensificar as sanções já anunciadas contra a Rússia, como o corte de instituições bancárias russas do sistema de transações internacionais Swift, além de ações para limitar a capacidade do Banco Central acessar as reservas internacionais do país. Ela também anunciou veto a veículos de comunicação russos.
“Nós vamos banir a máquina de propaganda do Kremlin. A estatal Russia Today e o Sputnik, assim como todas as suas subsidiárias, não poderão mais espalhar suas mentiras, justificar a guerra de Putin e propagar a divisão”, disse Von der Leyen.
Ela também prometeu sanções a Belarus, cujo presidente Alexander Lukashenko, permitiu que tropas russas invadissem, por meio de seu território, a Ucrânia e lançassem mísseis contra o território ucraniano. Representantes da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar nesta segunda-feira em Belarus em busca de uma negociação de paz.
As medidas anunciadas pela União Europeia são consideradas uma resposta à ordem do presidente Vladimir Putin de deixar em alerta as forças nucleares do país. A determinação foi feita, segundo ele, em decorrência de declarações e ações ofensivas de países da Otan. “Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica — eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país”, afirmou Putin na TV estatal. A Casa Branca rebateu o Kremlin. “Nós o vimos fazer isso várias vezes. Em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan, a Rússia esteve sob ameaça da Ucrânia”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. (Com agências internacionais)
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