Com suspeita de infecção por coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro foi para um comércio com grande movimento em Ceilândia, no Distrito Federal. Em vídeo publicado em sua conta do Twitter, o presidente aparece cercado de pessoas, tirando fotos com elas.
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Desde que voltou dos Estados Unidos, 25 pessoas que viajaram com Bolsonaro apresentaram resultado positivo para a covid-19, mas o presidente insiste que testou negativo para o novo coronavírus, agente causador da síndrome respiratória que acometeu diversos líderes mundiais (como a alemã Angela Merkel, o inglês Boris Johnson e o canadense Justin Trudeau, entre outros), além de vários ministros e parlamentares no Brasil.
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O Congresso em Foco tem pedido publicamente, através de sua conta no Twitter, que o chefe do Executivo apresente os dois resultados negativos que diz possuir. Até o momento isso não aconteceu, e ele tem feito intensa campanha para que as pessoas voltem ao trabalho, às escolas e o país retome a normalidade. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, emite sinais contraditórios. Não para de elogiar o chefe, mas também alerta para a gravidade da doença e para a incapacidade do sistema de saúde para atender à demanda que ela já está gerando. Mandetta, também suspeito de infecção, tem ignorado os pedidos deste site para que apresente a comprovação de que não tem o vírus.
Considerando a sua doentia irresponsabilidade e a falta de respeito que demonstra pelo importante cargo de presidente da República, aguardamos a liberação do devido laudo para acreditar e publicar no site a informação. #coronavirusnobrasil #COVID19 https://t.co/l0CJ9UpreK
— Congresso em Foco (@congemfoco) March 18, 2020
Há consenso entre os melhores especialistas na matéria, compartilhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos governos que melhor se saíram no combate à epidemia, de que o isolamento social não é melhor, mas a única maneira eficaz de conter a pandemia. O ideal é ele ser adotado antes do contágio. Para quem está infectado, não há dúvidas: o isolamento é obrigatório e deve ser total, de maneira a proteger outras pessoas da covid-19. O presidente tem classificado a doença como “gripezinha”.
Conforme projeção publicada na sexta-feira (27) pelo Congresso em Foco, pesquisadores de Oxford estimavam, em 14 de março, que a pandemia poderia matar 478 mil pessoas no Brasil. Para evitar um cenário ainda pior, alertam os especialistas, é necessário que o país adote o isolamento social o mais rápido possível.
Em entrevista ao apresentador Datena na noite de sexta-feira (27), o chefe do Executivo admitiu ter consciência de que a covid-19 vai matar pessoas. “Alguns vão morrer? Vão, ué, lamento. Essa é a vida”, disse Bolsonaro.
A covid-19 já atinge, segundo as estatísticas oficias, 3.904 casos confirmados e 114 óbitos no país, segundo o Ministério da Saúde. Técnicos da área mostram que a atual taxa de letalidade da doença no país é de 2,8%.
Em todo mundo, já existem 575.444 casos confirmados de coronavírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 26.654 vidas foram perdidas para o covid-19.
A Itália lidera o ranking mundial de pessoas infectadas com covid-19, com 86.498 casos e 9.136 vidas perdidas para a doença. Os Estados Unidos vêm logo atrás, com 85.228 e 1.243 óbitos. A China conta com 82.230 pessoas infectadas e totaliza 3.301 mortes. Em seguida vem a Espanha, com 64.059 casos e 4.858 mortes. A Alemanha tem 48.582 pessoas infectadas e 325 mortes.
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