Ao mesmo tempo em que derruba bolsas e expectativas econômicas pelo mundo afora, o coronavírus segue espantando médicos, cientistas e especialistas em saúde pública pela velocidade com que se propaga. De acordo com os dados oficiais informados à Organização Mundial de Saúde (OMS), há neste momento 114.210 casos oficialmente registrados do covid-19, que é o nome da doença pulmonar causada pelo vírus. São até agora 4.011 óbitos.
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No Brasil, onde não há registros de mortes, os casos registrados chegam agora a 30, sendo 16 em São Paulo, oito no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um no Distrito Federal, um em Minas Gerais, um no Espírito Santo e um em Alagoas.
Está próximo de cem o total de países com pessoas infectadas pelo coronavírus. Somente no continente americano, são 17. Três dessas nações registram até aqui vítimas fatais: Estados Unidos, com 755 casos e 26 mortes; Canadá, 77 casos e um óbito; e Argentina, 12 casos e uma morte. Chama atenção a situação de Nova York, com 142 casos confirmados, e do estado de Washington, que concentra a maior parte dos óbitos.
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Os quatros países mais afetados são:
China – 80.754 casos confirmados e 3.136 mortes
Itália – 9.172 casos e 463 óbitos
Irã – 7.161 casos e 237 mortes
Coreia do Sul – 7.513 casos e 54 óbitos
Para conter a epidemia, o governo italiano baixou uma série de medidas sanitárias bastante duras que estarão vigor a partir desta terça-feira (10) e até, no mínimo, 3 de abril. Estão fechados em toda a Itália museus, teatros, cinemas e boates. Bares e restaurantes devem funcionar no máximo até as 18h. Ficam proibidos casamentos, funerais, celebrações e qualquer evento que provoque aglomeração. Escolas e faculdades ficarão sem aulas. Estão suspensos os eventos esportivos. Viagens dentro do país, restritas às imprescindíveis. Para entrar nas cidades mais atingidas, no Norte da Itália, será necessária autorização especial das autoridades, que só permitirão viagens por razões de saúde ou a trabalho. O aeroporto de Milão está fechado para voos internacionais.
“É uma medida que podemos resumir assim: ‘fique em casa’. A Itália inteira será uma zona protegida a partir de agora”, afirmou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, ao anunciar as providências. Estima-se que somente a indústria de turismo da Itália sofrerá um prejuízo superior a 5 bilhões de euros neste ano em razão da epidemia.
Sanitaristas têm defendido que um dos melhores antídotos contra a disseminação do codvid-19 é a informação clara e correta.
Veja quais são as principais recomendações dos especialistas:
Para prevenir
. Lave as mãos frequentemente com água e sabão (ou sabonete) por pelo menos 20 segundos; ou use álcool em gel para manter as mãos sempre limpas.
. Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca.
. Evite contato próximo com pessoas doentes ou desconhecidas.
. Se estiver doente, mesmo sem os sintomas típicos do codvid-19, fique em casa.
. Ao espirrar ou tossir, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel e o jogue logo em seguida no lixo.
. Limpe e desinfete objetos e superfícies tocados com frequência.
. Evite compartilhar talheres, escovas de dente e objetos de uso pessoal.
Para tratar
. Procure um médico apenas se tiver febre persistente e algum tipo de desconforto respiratório (tosse, coriza ou falta de ar).
. Se houver suspeita de infecção, evite contato com outras pessoas e siga atentamente as orientações médicas.
. Se estiver infectada/o, não entre em pânico. Além de uma taxa de letalidade considerada baixa (menos de 4%), a doença raramente tem consequências graves para pessoas que não sejam idosas e gozem de boa condição de saúde.
. Casos graves devem ser encaminhados para os hospitais de referência (veja a lista do Ministério da Saúde).
. Profissionais de saúde devem adotar as medidas de precaução típicas, incluindo o uso de máscara cirúrgica, luvas, avental e óculos de proteção.
Já se sabe que o coronavírus é transmitido pela saliva; por contato pessoal próximo (como toque ou aperto de mão); por espirro, tosse ou catarro; e por contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Governos, centros de pesquisa e grandes laboratórios correm para produzir a vacina que poderá condenar ao passado o atual pesadelo gerado pelo coronavírus. Os avanços são rápidos e não será surpresa se uma vacina eficaz estiver disponível em poucos meses. Até lá, devem persistir a marcha dos cancelamentos de eventos internacionais, de viagens (muitas empresas, por razões preventivas, estão restringindo os deslocamentos dos seus funcionários) e os temores com uma possível recessão mundial.
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