O governo federal tomou conhecimento do relato do Exército israelense de que há cidadãos com nacionalidade brasileira entre os reféns do Hamas, mas ainda não confirma a informação.
“Recebemos essa informação também. Estamos tentando confirmá-la, mas não temos confirmação de que existe refém de nacionalidade brasileira. Estamos buscando essa confirmação”, disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira (11) o secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, embaixador Carlos Sérgio Duarte.
Mais cedo o porta-voz do Exército de Israel, Jonathan Conricus, informou que brasileiros estão entre os reféns do Hamas na Faixa de Gaza. Segundo ele, também estão sob o domínio do grupo extremista cidadãos de países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Argentina e Ucrânia. Conricus declarou ainda que o resgate na região “não é apenas de Israel, mas de muitos outros governos democráticos no mundo”.
Até agora dois brasileiros de 24 anos morreram no conflito: o gaúcho Ranani Glazer e a carioca Bruna Valeanu. A brasileira Carla Stelzer Mendes, de 41 anos, continua desaparecida. Ela tem um filho de 19 anos que serve no Exército israelense.
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De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há 30 brasileiros em Gaza. O ministro Mauro Vieira negocia com o governo egípcio a autorização para que esses cidadãos deixem a região pela fronteira sul com o Egito. O governo planeja enviar avião para o Cairo para repatriar essas pessoas.
Nesta madrugada, chegou a Brasília o primeiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB) destinada a resgatar brasileiros que estavam em Israel. Ao todo 211 pessoas foram repatriadas nessa primeira missão. Segundo o Itamaraty, 2.723 pessoas se inscreveram para voltar ao país. O número, no entanto, tende a ser menor, já que alguns se registraram mais de uma vez. Terão prioridade no retorno cidadãos não residentes em Israel e grupos considerados vulneráveis, como idosos, mulheres, crianças e adolescentes.
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