O presidente Lula se pronunciou em suas redes sociais sobre a tentativa de golpe de Estado em curso na Bolívia, onde unidades do Exército se agruparam em diversas praças na capital Sucre, e tentaram invadir o palácio presidencial em La Paz, maior cidade do país. O chefe de Estado brasileiro ressaltou a contrariedade ao golpe e seu apoio ao regime democrático no país andino.
“A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão, presidido por Luis Alberto Arce”, disse Lula.
Além de expressar a posição pessoal, Lula também compartilhou a nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, também em repúdio à tentativa de golpe militar. “O Governo brasileiro condena nos mais firmes termos a tentativa de golpe de estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército, em clara ameaça ao Estado democrático de Direito no país. O Governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos”, publicou a pasta.
O Ministério também anunciou que, tratando da questão boliviana, “estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os Governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região”.
O Itamaraty relembrou que tanto a Bolívia quanto o Brasil são signatários do Protocolo de Ushuaya, firmado em 1998. O acordo prevê a obrigatoriedade para que todos os membros preservem suas instituições democráticas como condição para que possam ser reconhecidos como membros ou sócios do Mercosul, podendo haver a suspensão de países onde são estabelecidos regimes ditatoriais, como ocorreu com o Paraguai em 2012 e Venezuela em 2017.
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