A tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante um comício no estado da Pensilvânia no último sábado, foi o 43º atentado do tipo no país. O candidato do Partido Republicano passou a ser o terceiro ex-presidente com maior histórico de ameaças à vida confirmadas. Ficando atrás apenas de Bill Clinton e Barack Obama, ambos do Partido Democrata.
Entre 1789 e 2024, os Estados Unidos contabilizaram 46 presidentes, contando com o atual, Joe Biden, e o interino Gerald Ford, que assumiu após a renúncia de Richard Nixon em 1974. Dentre eles, 18 foram alvo de uma ou mais tentativas de assassinato, quatro delas bem sucedidas: contra Abraham Lincoln, em 1865; James Garfield, em 1881; William McKinley, em 1901; e John F. Kennedy, em 1963.
Lincoln e Kennedy foram os casos mais notórios de assassinatos presidenciais nos EUA. O primeiro governou o país durante a Guerra de Secessão, período em que os estados no sul tentaram se separar e formar uma confederação para preservar o regime de escravidão e evitar o regime federativo. Apesar da vitória da União em 1864, o país nunca conseguiu se livrar do revanchismo sulista, que motivou assassinato de Lincoln, em 1985. Executado pelo ator John Wilkes Booth, simpatizante confederado.
Pouco menos de um século depois, em 1963, John F. Kennedy foi executado durante sua campanha eleitoral, em meio a um desfile em Dallas, capital do Texas. O autor dos disparos foi o militante comunista Lee Harvey Oswald, motivo pelo qual as suspeitas iniciais foram de que o crime teria sido encomendado pelo serviço secreto de Cuba, cujo governo antagonizava com a gestão de Kennedy. Porém, investigações posteriores concluíram que ele agiu por conta própria. Movido por ódio pessoal ao presidente e por outras lideranças do governo estadunidense.
Recordistas de tentativas de assassinato
O governante recordista em lidar com tentativas de assassinato foi Barack Obama, mandatário do país entre 2009 e 2017. Ao longo do mandato, oito tentativas foram interrompidas. A maioria dos atentados eram planejados por militantes de extrema-direita, envolvendo os mais diversos métodos: desde disparos de arma de foto contra a Casa Branca ao envio de cartas contendo explosivos ou substâncias tóxicas.
Na sequência, está Bill Clinton, alvo de cinco tentativas: quatro durante seu mandato, entre 1993 e 2001, e outra em 2018. Duas delas encomendadas pelo terrorista saudita Osama Bin Laden, que mais tarde ficaria conhecido por orquestrar os ataques ao World Trade Center, em sete de setembro de 2001. Episódio que marcou o início da Guerra ao Terror, principal eixo da política externa dos EUA no século 21.
Antes do atentado do último sábado, Donald Trum já fora alvo de três tentativas de assassinato. Em duas delas as investigações atribuíram a motivação a doença mental dos autores. A terceira, em 2017, foi encomendada pelo Estado Islâmico durante uma visita à cidade de Manila, capital das Filipinas, onde o grupo terrorista contava com diversas células.
Veja a lista
Confira abaixo a lista de presidentes americanos que foram alvo de tentativas de assassinato durante ou depois de seus mandatos:
-Andrew Jackson, uma tentativa.
-Abraham Lincoln, duas tentativas antes de seu assassinato.
-James Garfield, assassinado
-William McKinley, assassinado
-William Howard Taft: duas tentativas
-Herbert Hoover, uma tentativa.
-Franklin Roosevelt, duas tentativas.
-Harry Truman, duas tentativas.
-John F. Kennedy, uma tentativa antes de seu assassinato.
-Richard Nixon, duas tentativas.
-Gerald Ford, três tentativas.
-Jimmy Carter, duas tentativas.
-George H. W. Bush, uma tentativa.
-Bill Clinton, cinco tentativas.
-George W. Bush, duas tentativas
-Barack Obama, oito tentativas.
-Donald Trump, quatro tentativas contando com o atentado de sábado.
-Joe Biden, uma tentativa.
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