O gaúcho Ranani Glazer, desaparecido desde sábado, é o primeiro brasileiro a morrer em decorrência do conflito entre Israel e o grupo Hamas. Familiares de Ranani anunciaram que o jovem de 24 anos foi encontrado morto. Ele participava da rave Universo Paralello, invadida por homens armados no sábado. O evento ocorria no sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza.
“O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado)”, disse Karen Glazer, tia do jovem, ao Globo. Pelo menos 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia o festival Universo Paralello, organizado pelo pai do DJ Alok, o também DJ Juarez Petrillo.
Em nota divulgada nesta manhã, o Itamaraty lamentou a morte de Ranani: “O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”.
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Em seu quarto dia, a guerra já contabiliza mais de 1.600 mortes. O governo brasileiro pretende retirar 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina até o próximo sábado (14). De acordo com o Itamaraty, a prioridade é a repatriação de quem mora no Brasil ou não tem passagem aérea de volta.
Até o momento, 1,7 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao Brasil, em razão do conflito entre Israel e o grupo Hamas iniciado no fim de semana. A maioria é de turista que está em Israel. Ao menos dois brasileiros estão desaparecidos.
Ranani morava em Israel há sete anos e prestou serviço militar no país. O gaúcho, que também tinha nacionalidade israelense, chegou a gravar um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque começar. Ele namorava a também brasileira Rafaela Treistman, que estava na rave e sobreviveu. Rafaela e Rafael Zimerman, amigo do casal, conseguiram fugir dos terroristas.
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