A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, suspendeu a Resolução Normativa 433, da Agência Nacional de Saúde (ANS), que estipulava regras sobre a cobrança de coparticipação e franquia em planos de saúde. A decisão foi tomada de forma liminar nesta segunda-feira (16).
Publicada em junho, a resolução da ANS dizia que os pacientes de planos deverão pagar até 40% no caso de haver cobrança de franquia e coparticipação sobre o valor de cada procedimento médico.
“Saúde não é mercadoria. Vida não é negócio. Dignidade não é lucro. Direitos conquistados não podem ser retrocedidos sequer instabilizados”, escreveu a ministra na decisão.
Carmen Lúcia deferiu a medida cautelar do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ajuizada no último dia 13 de julho. Com isso, a resolução fica suspensa até o exame feito pelo ministro-relator, Celso de Mello, ou pelo plenário da Corte.
A OAB considerou o reajuste “abusivo”. Hoje, a média atual cobrada pelos planos de saúde é de 30% dos procedimentos de saúde.
“A referida resolução foi muito além e desfigurou o marco legal de proteção do consumidor no país”, ‘tendo usurpado’, “da competência do Poder Executivo (e também do Poder Legislativo) por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que arvorou-se a regulamentar matéria – mecanismos de regulação financeira (franquia e coparticipação) – sem a devida competência para tanto e, ainda, sem o devido processo legislativo”, diz a OAB na ação.
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio de nota, informou que ainda “não foi notificada oficialmente da propositura da ação, tampouco da decisão do Supremo Tribunal Federal” que suspende a resolução.
A Agência destaca, no entanto, “que editou a norma observando rigorosamente o rito para edição de ato administrativo normativo, especialmente quanto à oportunidade de participação da sociedade. Além disso, a norma foi analisada pela Advocacia-Geral da União sem que tenha sido identificada qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade”.
* Com informações da Agência Brasil
Escrevam aí, só super ricos terão acesso a medicina moderna. Estou falando de pessoas que possam pagar 2 a 4 mil reais por mês de plano de saúde. A pobraiada vai ter que se contentar com os cubanos e seus métodos de curanderismo. Este mercado no Brasil está falido (hospitais de nível médio e leitos fechando aos montes) e vai ser cada vez mais restritivo. Parte é culpa do governo vagabundo-esquerdista que cobra impostos completamente surreais (100% de taxação para importar um tomógrafo) e por outro lado, as tecnologias estão concentradas em umas poucas empresas diminuindo a concorrência. A saída, Galeão ou Congonhas.