A frente de partidos de oposição resolveu, nesta terça-feira (11), pedir a criação de uma CPI mista, formada por deputados e senadores, para investigar a relação entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato e juízes que atuaram na operação, como o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O pedido terá como base reportagens publicadas pelo site The Intercept que sugerem que Moro orientou procuradores nas investigações. O encontro, realizado na Câmara, reuniu presidentes e líderes de partidos como PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT e Rede.
“Os partidos se convenceram que não há razão para esperar. Propomos uma investigação, não uma CPI com propósito de fazer conclusões prévias”, disse ao Congresso em Foco o presidente do Psol, Juliano Medeiros. Juntas, as bancadas de esquerda e centro-esquerda reúnem cerca de 130 deputados.
Para se criar uma CPI mista, é necessário o apoio de pelo menos 171 deputados e 27 senadores, ou seja, um terço dos integrantes de cada Casa. O requerimento para as investigações será encabeçado pelo PDT e pelo PSB.
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As legendas também reivindicam o afastamento de Moro e dos procuradores de seus respectivos cargos até que o caso seja elucidado, além da convocação do ministro da Justiça, que se prontificou nesta terça a comparecer à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A audiência deve ocorrer no próximo dia 19.
Na justificativa do pedido, a oposição vai alegar que as reportagens indicam que Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato cometeram violações à Constituição, comprometendo a imparcialidade e a legitimidade do processos conduzidos pela operação em Curitiba. Outro argumento a ser utilizado é que há suspeitas de que a máquina judiciária tenha sido usada com propósitos eleitorais na condenação do ex-presidente Lula.
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