O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não prestou contas de valores recebidos por palestra dada em Novo Hamburgo (RS) quando era o juiz responsável pela Operação Lava Jato no Paraná. Reportagem do jornal Folha de São Paulo e do site Intercept publicada nesta domingo (4) aponta que ele mencionou o evento em conversa com o procurador Deltan Dallagnol.
De acordo com a Folha, Moro ganhou pela palestra um pagamento de RS 10 mil a R$ 15 mil.
Em diálogo no aplicativo de mensagens Telegram, Moro disse ao chefe da Força Tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) que o grupo Sinos, empresa gaúcha, queria fazer um convite ao procurador.
“Ano passado dei uma palestra lá para eles, bem organizada e bem paga”, afirmou Moro. Deltan respondeu: “passa sim!”.
Resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) torna obrigatório a todos os juízes que encaminhem informações sobre eventos e palestras. Os magistrados têm 30 dias para dias para prestar contas e precisam declarar data, assunto, local e entidade responsável pelo contrato.
Leia também
Em resposta à Folha, Moro afirmou que declarou os dados de sua palestra não foram informados por “puro lapso” e que os valores recebidos foram doados a uma entidade beneficente.
Em nota o Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou que não reconhece a autenticidade das mensagens vazadas e encaminhou uma cópia do valor doado para caridade (íntegra).
Leia a nota do MJSP:
O Ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece o teor de mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido editadas ou adulteradas.
A palestra citada pela reportagem foi ministrada em 21 de setembro de 2016, enquanto o sistema de cadastramento eletrônico de atividade de docência eventual no âmbito do TRF4 foi criado posteriormente, pela Resolução 10, de 9 de fevereiro de 2017, do TRF4. Para o período anterior, se não houve registro, foi por puro lapso. Apesar disso, não havia qualquer conflito de interesse e a palestra sobre enfrentamento da corrupção e a responsabilidade do setor privado foi na época bastante divulgada na imprensa.
Como condição para a realização da palestra, o Grupo Sinos realizou, em 16 de junho de 2016, e a pedido do então juiz, uma doação de R$ 10 mil para o Pequeno Cotolengo do Paraná (segue documento anexo), entidade beneficente dedicada ao acolhimento de pessoas com múltiplas deficiências. Não foi divulgado à época que o então juiz era o responsável pela doação, pois buscava-se evitar autopromoção com caridade. A família do então juiz tem um histórico de dedicação à causa das pessoas com deficiência. O valor recebido diretamente pelo então juiz é questão privada e foi inferior ao montante doado.
As palestras ministradas pelo então juiz eram via de regra gratuitas. Quando cobradas, os valores não eram elevados e envolviam necessariamente doações a entidades beneficentes efetuadas pela empresa contratante. A concessão de palestras ou aulas, mesmo remuneradas, é atividade considerada legítima para magistrados.
Deltan tentou criar empresa de palestra
No dia 13 de julho, diálogos divulgados pelo site The Intercept e pelo jornal Folha de São Paulo indicaram que Deltan tentou tirar vantagens financeiras da fama adquirida enquanto coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato.
Segundo as mensagens, ele discutiu com um colega de profissão a criação de uma empresa, em que não apareceria como sócio, para organizar eventos e palestras e, assim, lucrar com a visibilidade e os contatos obtidos através da Lava Jato.
> Dallagnol rejeita convite da Câmara para explicar conversas com Moro
> Moro finge amnésia, afirma Greenwald ao Senado
kkkkkkkkkkk
O DOUTOR JUIZ SERGIO MORO não prestou conta de UMA palestra (cujo rendimento doou integralmente). já o nine fingers não FEZ palestra nenhuma e recebeu uma fortuna por isso.. ops.. quer dizer.. recebeu propina por isso!!!! Por isso o primeiro é MINISTRO hoje e vai ser PRESIDENTE DO BRASIL e o nine está e vai continuar na JAULA até morrer!
O ministro Moro foi tão ético, que omitiu essa palestra, porque doou o dinheiro para entidade de caridade e não quis fazer política em cima disso.
Aos responsáveis pelo Congresso em Foco, a sociedade aguarda ansiosa todos os detalhes das palestras que o ex presidente Lula proferiu durante seu mandato em minuciosos critérios como são rebuscadas com os juízes, promotores e presidente que estão atualmente no Poder, afinal isso nunca foi tão esmiuçado como agora. Algum motivo legal ou meros interesses inconfessáveis, caso não apareça nenhuma manifestação do Congresso em Foco fica explícito que é mera perseguição politiqueira cretina!.
Foice de SP não cansa de tentar perseguir quem prendeu o líder mafioso do PT. Palestras agora viraram crime , mas cadê os videos da palestras do lula? KKKKKKKKK. isso derruba fácil que o Ministro Moro não é de esquerda e corrupto.
O Moro doou o rendimento para entidade filantrópica e não quis fazer alarde disso, por ética.
oi! sim e ele explicou pelo twitter