Em sua participação para o Flow Podcast, Sergio Moro afirmou que as investigações contra seu nome no Tribunal de Contas da União (TCU) são fruto de uma perseguição política em consequência de sua atuação na Operação Lava Jato. Segundo o ex-juiz e ex-ministro da Justiça, agora candidato à Presidência pelo Podemos, não houve irregularidades ou conflitos de interesse em seus julgamentos durante a operação.
Na visão de Moro, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (Mptcu) procura dar um recado em nome da classe política ao investigar suas ações. “O recado não é para mim, mas para tudo que é juiz, procurador e policial do país: ‘Se você vem atrás de mim por corrupção, você vai enfrentar depois as consequências, porque eu vou atrás de você”’.
Para Moro, o interesse da classe política é o retorno do status quo pré-Lava Jato. “O cara quer roubar e não quer que aconteça nada”, exclamou. Moro não chegou a citar nomes específicos de quem seriam os políticos que supostamente o perseguem, mas apontou para “o Centrão, (…) PT, e muita gente ligada ao presidente Jair Bolsonaro fazendo isso também. Ou seja: um pacto para evitar que volte o combate à corrupção”.
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Moro é investigado no TCU por supostos conflitos de interesses durante sua atuação na Lava Jato. Segundo a acusação, os serviços prestados por ele em 2020 ao grupo empresarial Alvarez & Marsal, mesma empresa que faz a gestão da recuperação judicial do grupo Odebrecht, alimentam a possibilidade de ter tido interesse com o resultado da operação.
Em sua fala, Moro voltou a afirmar que não recebeu dinheiro de empresas envolvidas na Lava Jato, e que sua atuação na Alvarez & Marsal não se deu no ramo de recuperações e falências, mas no de consultoria empresarial. “Não recebi um centavo de empresa envolvida na Lava Jato. Quem fala isso mente. Podem quebrar sigilo, podem fazer o que quiserem”, declarou o candidato ao Planalto.
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