O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, e do motorista Anderson Gomes. A informação foi divulgada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em pronunciamento nesta terça-feira (19).
Condenado a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime, Lessa depôs ontem (18) em audiência com o juiz auxiliar do ministro.
“Nós sabemos que esta colaboração premiada, que é meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, disse Lewandowski. “O processo segue em segredo de Justiça e está agora nas competentes mãos do ministro Alexandre de Moraes”.
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O ministro também destacou o papel da Polícia Federal (PF), que “em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação”. Lewandowski também relembrou a participação do Ministério Público Federal (MPF) e do Rio de Janeiro (MPRJ) para auxiliar a PF nas investigações.
Recentemente o caso foi enviado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. A mudança de foro está atrelada às investigações desencadeadas pelas delações premiadas de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ex-policiais militares presos pelo assassinato de Marielle e de Anderson Gomes.
O inquérito sobre os mandantes e responsáveis pela morte de Marielle e Anderson foi enviado nessa quarta-feira pelo ministro Raul Araújo, do STJ, para o Supremo, após menção ao nome de um parlamentar, ainda mantido em sigilo. Não há informações se o congressista foi citado como possível mandante ou teve apenas seu nome mencionado em outra circunstância, já que o caso está sob sigilo.
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