Uma decisão judicial de primeira instância determinou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá pagar indenização de R$ 50 mil ao Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA) pelo episódio em que comparou servidores públicos a parasitas. Em fevereiro deste ano, ao comentar as reformas administrativas propostas pelo governo, o economista criticou o reajuste anual dos servidores e afirmou que eles já têm privilégios, como a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”.
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“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, declarou Guedes durante palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV). À época, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia disse que a comparação feita pelo ministro se tratava de uma situação específica, que foi retirada de contexto pela imprensa.
Em em entrevista coletiva em maio, Guedes pediu aos governadores e prefeitos que não concedam aumento ao funcionalismo público com os recursos extraordinários que estão sendo repassados pela União. “Por favor, enquanto o Brasil está de joelhos, nocauteado, tentando se reerguer, não assaltem o Brasil. Não permitam que as despesas extraordinárias que estamos dando de boa fé para ajudar a guerra da saúde vire aumento de funcionalismo. Por que aí despesas que eram transitórias viram permanentes”, disse o ministro.
O sindicato baiano havia apresentado uma ação de reparação por dano moral coletivo contra o ministro em maio. A juíza federal da 4ª Vara, Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, considerou que houve insulto por parte do ministro. “O ministro de Estado da Economia, no exercício do seu direito à liberdade de expressão, insultou os servidores públicos. Ele os comparou a ‘parasitas’, pediu que eles ‘não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos’ e afirmou que eles ficam em casa ‘com geladeira cheia’”.
A decisão determinou o pagamento no valor de R$ 50 mil, “em virtude da violação aos direitos da personalidade dos integrantes da categoria profissional representada por este ente sindical, por meio dos seus pronunciamentos”.
PublicidadeSegundo o sindicato, o dinheiro pago pelo ministro será doado ao Hospital Santo Antônio, que pertence às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e ao Hospital Aristides Maltez, que são organizações sem fins lucrativos de Salvador e que estão à frente no combate à pandemia do novo coronavírus. Ainda cabe recurso da sentença.
A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o ministro no caso, informou que oportunamente irá apresentar o recurso cabível.
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Os verdadeiros parasitas são os políticos brasileiros e seus assessores. Juizes, ministros e promotores também ganham muito. Há aqueles que ganham mais de 50 mil por mês. Moro ganhava muito também como juiz.
Colocar esses acima na mesma situação que os professores, policiais, médicos é ignorância. Salário de um juiz é muito diferente de um salário de professor.
Não dá pra colocar tudo no mesmo balaio.
Só ignorantes fazem isso.
Pois é, e é exatamente em relação à esta elite do serviço público que o Sr. ” Primeiro Ministro” Paulo Guedes diz que o salário é baixo… Não compreendo como ainda tem gente que presta adoração a esse governo, sem qualquer mínimo censo crítico…
Se a economia do Brasil fosse estabilizada, não precisaria as pessoas irem para o serviço público. Uma economia forte e organizada mantem os empregos no setor privado.
Multado por falar a verdade, só no Brasil, parasitas com CERTEZA, Principalmente o Federais que mamam 24 horas na teta Federal.
Multado por ser parcial, discriminando aqueles que estão na linha de frente do serviço público, que corresponde à base da pirâmide, e protegendo o alto escalão, incluindo políticos…
E quanto à elite do serviço público: (Juízes, desembargadores, políticos, militares… ), esses não são parasitas??? Pois é, o Sr. Paulo Guedes declara que esta elite recebe pouco, e defende que deveriam receber salários maiores… Você não acha, no mínimo, um contra-senso???
“… não assaltem o Brasil”. Pelo visto ele não aceita concorrências.
Este Guedes é um pilantrão ao fingir que funcionários públicos do executivo devam ser comparados com funcionários do judiciário, legislativo e militares. Estes últimos é que gozam de muita mordomia e contribuem com um percentual menor. Mas estes sindicatos estão apinhados de pessoas de indole questionáveis. Resumindo, mereceu ser condenado, mas não pelo acusador.
Declaração absurda. Nunca vi parasitas sugando uma nação. Será que não tem um advogado que tope defender os direitos dos parasitas de não serem comparados a quem recebe salário sem dar produção?