Nesta quinta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro, agora dirigente do PL, fez sua primeira visita ao Senado desde o fim de seu mandato. Abordado por jornalistas no local, negou ter tido qualquer contato com seu antigo ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, desde que este foi preso no início de maio. Ele também afirma estar cético sobre a conduta do militar no caso de fraude ao seu cartão de vacinação.
Mauro Cid é apontado como principal agente em um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga não apenas a fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro, como também nos de sua própria família, contando com apoio de quadros do Exército e da política fluminense. A Justiça determinou sua prisão preventiva, e investiga as motivações da fraude, além de tentar descobrir se Bolsonaro sabia sobre o que acontecia com sua documentação.
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Bolsonaro nega ter tido contato com Cid para tratar dessa questão. “Eu não tenho conversado com ele. Está em segredo de justiça isso daí. O que eu vi em um rodapé na TV é que ele se manteve em silêncio. Isso é ele com o advogado dele”, afirmou. No mesmo dia da visita, a Globo News vazou a informação do inquérito policial registrando que, em seu depoimento, Mauro Cid permaneceu calado.
Apesar de não descartar a possibilidade de condenação de Cid, Bolsonaro conta ter dúvidas sobre a materialidade das denúncias, ressaltando sua trajetória no Exército. “Ele foi um excelente oficial do Exército brasileiro, jovem ainda, forças especiais, comandos, paraquedista, primeiro lugar em quase todos os cursos que fez. Ele fez o melhor de si, peço a Deus que não tenha errado e que cada um siga sua vida”, declarou.
O ex-presidente também reafirmou não ter interesse nos efeitos da fraude ao seu cartão de vacinação, visando afastar-se de narrativas que possam lhe atribuir dolo na falsificação. “Nós procuramos fazer tudo o certo. Falam de vacina minha. Não tinha exigência de eu entrar nos Estados Unidos e estar vacinado”, exclamou.
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