O ex-presidente da República Jair Bolsonaro negou na manhã desta quarta-feira (3) que teria falsificado o próprio registro de vacinação. Mais cedo, Bolsonaro havia sido alvo de operação da Polícia Federal em uma operação que apura fraudes no sistema do Ministério da Saúde, por meio da inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19. Ele teve o celular apreendido pelos policiais.
A declaração foi feira em frente à sua casa a jornalistas: “Nunca me foi pedido cartão de vacina. Não existe adulteração da minha parte”. Bolsonaro também diz que nunca tomou o imunizante contra a Covid.
Segundo a Polícia, Bolsonaro e seus familiares teriam falsificado a própria carteira de vacinação para poderem viajar aos Estados Unidos.
No começo deste ano, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, confirmou que há um registro no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro constatando a aplicação de uma dose de vacina contra a covid-19. O imunizante, fabricado pela Janssen, teria sido aplicado em 2021, primeiro ano da campanha vacinal no Brasil. A CGU, porém, ainda investiga se o registro é verdadeiro. Há uma suspeita de que ele possa ter sido inserido por hackers ou de alguma outra forma adulterado, até mesmo por ele mesmo para não enfrentar barreiras de outros países.
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A aplicação, conforme o documento, se deu no mês de maio, poucas semanas antes da viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos para participar do encontro da Cúpula das Américas. O período em questão foi um dos de maior atividade de Bolsonaro e seus aliados contra o uso das vacinas para covid-19, em que o ex-presidente chegou a alegar que participaria da reunião internacional sem o imunizante.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou mensagem em redes sociais dizendo ter sido a única vacinada na casa. Declarou que seu próprio celular não foi apreendido e que não sabe o motivo da busca e apreensão da PF.
Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Jair Bolsonaro, defendeu o ex-presidente em mensagem publicada no Twitter. Afirmou que o presidente é “uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei” e que “ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades”.
Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades.
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) May 3, 2023
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