O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nessa quarta-feira (3) que o programa Voa Brasil deve começar em abril. A declaração foi dada no âmbito do lançamento do programa Asas Para Todos, cujo pilar, segundo a pasta, é incentivar a inclusão de mulheres, estudantes de baixa renda, pessoas negras, LGTQIA+ e com deficiência no modal aeroviário.
Primeiramente divulgado em março de 2023 pelo então ministro Márcio França, hoje à frente da pasta do Empreendedorismo, o Voa Brasil prevê venda de passagens a R$ 200 em períodos de baixa temporada. Segundo a pasta, o programa deve contemplar bolsistas do ProUni, pensionistas, aposentados e servidores públicos que não viajaram nos últimos 12 meses, o que seria comprovado por consulta do CPF.
A ideia é estimular aqueles que não voam por meio de preços mais acessíveis, o que, por sua vez, fomentaria o setor em meses considerados de baixa temporada: de março a maio e de agosto a novembro, com a expectativa de que cerca de 5 milhões de pessoas passem a voar por meio da iniciativa. O limite para os beneficiários será de quatro passagens por ano, sendo cada bilhete referente a um trecho. A meta do ministério é alcançar gradualmente a marca de 1,5 milhão de passagens por mês.
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Percalços na decolagem do Voa Brasil:
A crise do setor aéreo e a minirreforma ministerial impactaram o lançamento do programa. Com pedido de recuperação judicial aberto em 25 de janeiro deste ano, a Gol é o principal exemplo desta crise. Ao final de 2023, a empresa encerrou o ano com endividamento superior a R$ 20 bilhões.
Diante desse cenário, o Ministério de Portos e Aeroportos propôs um pacote de socorro às aéreas, estimado entre R$ 4 bilhões e 6 bilhões. “Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março”, disse o ministro Silvio Costa Filho.
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