A votação pelo uso de medicamentos do “kit covid” no SUS (Sistema Único de Saúde) terminou em empate na quinta-feira (21). Sem o voto da Agência Nacional de Saúde e Vigilância Sanitária (Anvisa), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) encaminhou o relatório à consulta pública para emissão de parecer favorável ou desfavorável à aprovação.
O colegiado, que aconselha o Ministério da Saúde na adoção de tratamentos no SUS, se reuniu para voltar a debater as diretrizes para o tratamento medicamentoso ambulatorial de paciente com covid-19 com medicações como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, que tem ineficácia comprovada no tratamento da doença.
Votaram contra a aprovação:
– Secretaria Executiva do Ministério da Saúde;
– Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde;
– Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde;
– Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde;
– Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde;
– CFM (Conselho Federal de Medicina).
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Votaram a favor:
– Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;
– Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
– ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar);
– CNS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde);
– Conass (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde);
– Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).
A expectativa era de que a Anvisa votasse pela rejeição do uso do kit covid.
Por nota, a Anvisa informou que o representante da agência, o gerente geral de medicamento Gustavo Mendes, deixou a reunião antes da votação para embarcar num voo de São Paulo para Brasília. Sem um consenso do colegiado, o relatório segue para consulta pública nos próximos dias. Quando encerrada, as sugestões serão avaliadas pelo grupo de especialistas que elaborou o relatório.
PublicidadeNo caso de aprovação, o protocolo segue para a análise do secretário Hélio Angotti Neto, da secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégico em Saúde do Ministério da Saúde.
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Ninguém, em sã consciência, desconhece o fato que a fé ou mesmo um placebo pode curar e ser uma alternativa poderosa quando outras terapias não estejam disponíveis. Ninguém pode negar a realidade constatada dos benefícios dos medicamentos alternativos utilizados no Brasil e ao redor do mundo. Se não foram esses medicamentos que curaram, também ninguém foi morto por ser medicado com eles e certamente muitos se beneficiaram por acreditar na sua eficácia. A vacina com resultados comprovados não foi em nenhum momento negligenciada no Brasil. Estamos à frente na vacinação inclusive dos USA, maior produtor de vacinas do mundo. Enfrentamos uma epidemia para a qual nenhum país estava preparado, cientistas do mundo inteiro, conscientes que a vacina não seria uma solução de curto prazo, saíram à procura de uma solução atenuante sem retrospectos, sem certezas, mas ávidos por alternativa imediata, uma esperança para atenuar o desespero popular. Houve muitas divergências, muitos caminhos dispares e em conflito, mas um propósito único de de servir e salvar vidas. Aqueles que depois da realidade da eficácia da vacina advogam a adoção dessa medida desde o primeiro momento, são na verdade oportunistas que falseiam a cronologia dos fatos para enganar e tirar proveito às custas dos inocentes.