O novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disseram nesta quarta-feira (2) que os dois países compartilham “valores” e vão estreitar relações durante a gestão de Jair Bolsonaro. Em coletiva à imprensa, Pompeo afirmou que o governo norte-americano pretende aprofundar a cooperação em questões de segurança e trabalhar conjuntamente contra “regimes autoritários no mundo”.
Segundo ele, Brasil e Estados Unidos nutrem um “profundo desejo” de retorno da Venezuela à democracia. “Nós conversamos sobre Cuba, Venezuela, Nicarágua. Esses são lugares onde as pessoas não têm a oportunidade de expressar seus pontos de vista, de falar o que pensam. Esses são o tipo de coisas sobre as quais nós pretendemos trabalhar juntos”, afirmou o secretário de Estado ao relatar sua conversa com o chanceler brasileiro minutos antes. Ele desconversou ao ser indagado se esse apoio envolveria algum tipo de intervenção militar.
Em seu primeiro pronunciamento oficial, Ernesto Araújo declarou que a relação entre os dois países ganhará uma nova dimensão. “Estamos no começo de uma nova fase que será muito produtiva, tenho certeza, na relação entre Brasil e Estados Unidos. Uma etapa que criará instrumentos concretos, que vão ajudar nossa economia, a gerar empregos, novas oportunidades de negócios, novas iniciativas em todas as áreas, aproveitando muito trabalho que já foi feito, mas criando uma dimensão muito mais intensa na nossa relação”, disse Araújo.
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O ministro negou que o Brasil esteja abrindo mão de outras parceiras em favor da aliança com os Estados Unidos. Segundo ele, o país está fazendo um “realinhamento consigo mesmo”. “O Brasil tem de se colocar como um país grande, que trabalha pelos ideais de seu povo e para gerar oportunidades para ele”, explicou. “Trocamos ideias sobre nossa ideia de mundo, sobre trabalhar juntos pelo bem e por uma ordem internacional diferente, que corresponda aos valores dos nossos povos”, acrescentou.
Mike Pompeo minimizou as críticas feitas por Donald Trump às relações comerciais entre os dois países, chamadas de “injustas” pelo presidente norte-americano, e afirmou que a intenção dos Estados Unidos é estreitar relações econômicas para garantir oportunidades para os dois lados.
“Às vezes é difícil para americanos fazer negócios no Brasil e, às vezes, é difícil para brasileiros fazerem negócios nos Estados Unidos também”, disse o secretário de Estado. Em outubro Trump declarou que o Brasil “está entre os mais duros do mundo” no tratamento dispensado às empresas estrangeiras.
Antes de se encontrar com Pompeo, Ernesto Araújo recebeu o chanceler angolano Manuel Domingos Augusto. Ainda nesta quarta ele se encontra com o presidente Jair Bolsonaro, durante audiência com Pompeo, e outros representantes estrangeiros, como os ministros das Relações Exteriores da Polônia e de Cingapura.
Os venezuelanos e qyem devem tomar atitude em relação a seus governantes, sem intervenção externa. Qualquer atitude brasileira e uma vilação do direito da autodeterminação dos povos.
É claro que devemos manifestar nosso repúdio a governos autoritários, como os de Venezuela, Cuba e Honduras, mas é preciso que nosso governo tenha sempre em mente que não somos EUA. Não vejo com simpatia algumas condutas do governo Bolsonaro, como essa transferência de nossa embaixada para Jerusalém só para satisfazer aos judeus sionistas e provocando insatisfações no mundo árabe, que são grandes compradores de nossos produtos. Acho que o Brasil deve se manter à parte desses conflitos, buscando interação comercial com todos os países e não alinhamentos bilaterais. Frase antiga e sábia diz que entre Nações há interesses e não apenas amizades.
e onde esta autodeterminação dos povos? Não temos nada que fazer na venezuela Cuba ou Honduras. Os povos desses países e que tem oi direito de fazer o que bem etender.
Navegador, concordo com você e disse isso no me comentário. Acho, porém, aceitável a manifestação de repúdio. Ingerências, porém, não vejo com bons olhos, ainda mais que não temos sido bom exemplo, uma vez que temos deixado muito a desejar em termos de honestidade e boa gestão nos últimos tempos. Abrçs!
Com a direita no poder, o Brasil se alinhas com nações livres e prósperas, não com a escória internacional, como era marca antes.