O Psol decidiu neste sábado (17) que fará parte da base de apoio ao presidente eleito Lula e que liberará seus filiados a aceitarem cargos na nova gestão. A única ressalva fica por conta de dirigentes partidários, que terão de se licenciar de suas funções no partido para assumir cargo no novo governo. A bancada do Psol terá 12 deputados na nova legislatura. O partido atuará pelos próximos quatro anos em conjunto com a Rede Sustentabilidade, com a qual está federado.
A restrição para os dirigentes partidários fez parte do acordo construído para quebrar a resistência de uma ala do partido, liderada pela deputada Sâmia Bomfim (SP), que defendia que a bancada se mantivesse independente em relação ao governo.
A resolução aprovada neste sábado sinaliza que a deputada eleita Sonia Guajajara (SP) deverá assumir o Ministério dos Povos Originários. “Compreendemos que a indicação de Sonia Guajajara, como liderança do movimento indígena, para o Ministério dos Povos Originários é uma conquista de extrema importância para uma luta tão atacada por Bolsonaro e deve ser respeitada pelo partido”, diz a resolução.
O presidente do partido, Juliano Medeiros, e o deputado eleito Guilherme Boulos (SP) eram os principais defensores da tese de que o partido deve participar do governo. De acordo com a resolução, “a extrema-direita é o inimigo prioritário” e “esse cenário exige uma localização pública do partido em apoio ao governo Lula no Congresso Nacional”.
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“Conseguimos ajustar as diferenças internas no Psol e reafirmar nosso apoio ao governo Lula para reconstruir o Brasil. Ao mesmo tempo, manteremos nossa essência combativa em defesa das políticas de justiça social, ajudando o novo presidente a entregar um país melhor para todos daqui quatro anos”, afirmou Medeiros.
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