O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de videoconferência nesta quinta-feira (9) com os senadores. Ele tenta convencer os parlamentares que resistem à chamada PEC do orçamento de guerra. O texto, aprovado semana passada pela Câmara, tem sido contestado no Senado. A PEC separa R$ 700 bilhões do orçamento para ações de combate ao coronavírus.
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Parlamentares como Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) argumentam que não é possível votar mudança na Constituição durante o estado de calamidade pública. Além disso, invocam que a proposta é desnecessária porque o Congresso desobrigou o governo de cumprir a meta fiscal deste ano ao aprovar o decreto de calamidade pública.
Também há questionamentos sobre o mérito. Uma das principais polêmicas é a autorização para o Banco Central comprar títulos privados, como debêntures, carteiras de créditos e certificados de depósitos bancários (CDBs), o que não é permitido hoje. Os críticos da mudança alegam que, em vez de aumentar a liquidez de empresas, como defende o governo, a medida pode deixar o Tesouro Nacional exposto a papéis com alto risco de inadimplência.
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