Piora um pouco mais o clima entre o presidente Jair Bolsonaro e as categorias policiais federais. Na tarde de sexta-feira, as associações que representam os servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e os policiais penais divulgaram uma nota em que repudiam declarações feitas por Bolsonaro confirmando o reajuste linear de 5% para todos os funcionários públicos.
Os policiais consideram que, assim, o presidente quebrou um compromisso feito com eles no ano passado, quando prometeu fazer a reestruturação das polícias e inclusive reservou no Orçamento deste ano R$ 1,7 bilhão para isso.
“As entidades representativas dos servidores da Polícia Federal consideram grave e inadmissível a afirmação do presidente da República, feita na manhã desta 6ª feira (29/4), de que pretende cancelar a reestruturação para as categorias que compõem o sistema de segurança pública da União”, diz a nota.
Para as categorias policiais, Bolsonaro está “fragilizando a instituição com sucessivas, frequentes e injustificadas trocas em postos de comando e, agora, com o possível cancelamento, também injustificado, da necessária reestruturação. O presidente deixa, mais uma vez, de honrar com a palavra quanto à valorização e fortalecimento da Polícia Federal, buscando ainda dividir as forças de segurança”.
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“A segurança dos brasileiros não é gasto e nem favor prestado por um governante. É investimento e obrigação do Estado”, continua.
“Resta nítido, portanto, o descaso do Governo Federal com a estrutura da Polícia Federal e a total falta de vontade política para cumprir compromissos públicos firmados em relação à valorização dos profissionais de segurança pública da União”, protestam os policiais.
As categorias policiais concluem dizendo que se reunião “em assembleias nos próximos dias, nas quais serão definidas as ações futuras. Todas as propostas para fazer frente a esse possível desrespeito por parte do chefe do Poder Executivo serão discutidas. Nenhuma iniciativa será descartada. Os policiais federais não receberão esse duro golpe calados”, conclui a nota.
Veja abaixo a íntegra da nota:
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