A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) divulgou, nesta sexta-feira (25), uma nota após a substituição do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Gustavo Maiurino por Márcio Nunes de Oliveira, que até então era o secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Na nota, a associação dos peritos afirma ver com preocupação as constantes trocas no comando da PF, pois fragilizam a instituição e prejudicam a continuidade das ações estratégicas. Márcio Nunes é o quinto nome indicado para o cargo desde o início da gestão Jair Bolsonaro (PL).
A associação também destaca que a prerrogativa de mudar a direção da Polícia Federal “não deve ser confundida com uma espécie de carta branca para destituir, em períodos tão curtos e sem apresentação de critérios objetivos, os dirigentes máximos do órgão”.
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Confira a íntegra da nota:
“A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) vê com preocupação a realização de mais uma troca na diretoria-geral da Polícia Federal.
PublicidadeDesejamos sucesso ao novo diretor-geral, profissional que reúne as condições para desempenhar a função. Mas externamos que a troca frequente nessa posição resulta em prejuízos para a continuidade de ações estratégicas dentro do órgão e fragiliza a instituição.
A prerrogativa de mudar a direção da PF não deve ser confundida com uma espécie de carta branca para destituir, em períodos tão curtos e sem apresentação de critérios objetivos, os dirigentes máximos do órgão.
Nos últimos anos, a independência da PF em relação aos ocupantes de cargos eletivos e políticos, atuando por meio de investigações técnicas e baseadas em evidências científicas, foi ponto de destaque da instituição. É preciso que isso seja efetivamente resgatado.”
Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
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