O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Gustavo Maiurino. A decisão foi publicada nesta tarde, em edição extra do Diário Oficial da União. Ele foi nomeado pelo ministro Anderson Torres para assumir a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Em seu lugar, foi nomeado Márcio Nunes de Oliveira, então secretário-executivo do Ministério da Justiça.
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A troca do diretor-geral da Polícia Federal, segundo apurou o Congresso em Foco, pegou a categoria de surpresa. Não se esperava a substituição.
O novo diretor é próximo ao ministro da Justiça, Anderson Torres, de quem é o número 2 na pasta. Antes de assumir a secretaria-executiva da Justiça, Márcio Nunes era superintendente regional da PF no Distrito Federal, cargo que ocupou entre maio de 2018 e abril de 2021.
Márcio é formado em Direito pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal. Tem pós-graduação lato sensu em Direito Penal e Processual
Penal pela Universidade Cândido Mendes. Desde 2008 é professor da Academia Nacional de Polícia.
Maiurino estava à frente da PF desde abril de 2020. Sua chegada ao cargo foi cercada de polêmica, devido à saída do seu antecessor, Maurício Valeixo, exonerado em meio às acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de interferência política na Polícia Federal. Valeixo era nome indicado por Moro, que semanas depois deixou o governo, acusando Bolsonaro de tentar blindar seus familiares e amigos de investigações.
Anderson Torres falou sobre as trocas de cargo, mas não esclareceu a motivação de sua decisão.
Hoje convidei o DG da @policiafederal , Dr Paulo Maiurino, para assumir a relevante função de secretário da SENAD no @justicagovbr. Em seu lugar, na PF, assume o Dr Márcio Nunes que, como secretário-executivo do @JusticaGovBR , nos deixa um grande legado.
— Anderson Torres (@andersongtorres) February 25, 2022
Veja abaixo o ato de exoneração de Maiurino:
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