Deputados da oposição afirmaram nesta quarta-feira (30) que vão apresentar um pedido de convocação ao ministro da Justiça, Sergio Moro, para que ele preste esclarecimentos sobre a solicitação que fez à Procuradoria-geral da República (PGR), no caso da menção do nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na investigação que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco.
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A informação foi dada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30). Ele afirmou que os parlamentares da oposição entendem que houve um “equívoco” na atuação do ministro.
“Todos nós temos o entendimento de que houve um equívoco cometido pelo ministro da Justiça e que isso precisa ser devidamente equacionado e apurado. Por essa razão, nós vamos apresentar um pedido de convocação do ministro à Comissão de Controle e Fiscalização do Senado Federal”, disse.
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Nesta manhã, Moro solicitou à PGR que instaure um inquérito em parceria com a Polícia Federal para investigar a prática de tentativa de obstrução à Justiça, falso testemunho ou acusação caluniosa na citação do nome do presidente Jair Bolsonaro no caso.
Segundo Costa, o ex-juiz terá que explicar porque solicitou à PGR que abra um inquérito para apurar a tentativa de envolvimento indevido de Bolsonaro no caso, “sem ser advogado do presidente e utilizando da condição de ministro”.
Publicidade“De forma alguma cabe ao ministro da Justiça e nem ao presidente da República promover um processo de pedido e abertura de inquérito para investigar o depoente e para investigar as autoridades que colheram esse depoimento e estão fazendo essa investigação”, afirmou.
Porteiro mencionou Bolsonaro
Nesta terça-feira (29), o Jornal Nacional divulgou que o porteiro do condomínio de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, havia mencionado o nome do militar em um depoimento à polícia do Rio, no âmbito da investigação que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes.
De acordo com a reportagem, o funcionário afirmou que um dos suspeitos de matar a vereadora esteve na região horas antes do crime e teve autorização de alguém identificado como o “senhor Jair”, na casa 58, onde mora o presidente, para entrar.
O ex-policial Elcio Queiroz, no entanto, dirigiu-se para a casa de outro suspeito que também mora no condomínio, Ronnie Lessa. Naquela data, Bolsonaro estava em Brasília, participando de atividades na Câmara. Ambas as informações estavam na reportagem da Globo.
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