O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), afirmou nesta sexta-feira (18) que o PSL não quer perder o presidente Jair Bolsonaro, mas defendeu que o militar da reserva dê o primeiro passo em direção à reconciliação com o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE). “Nesse momento, a forma que eu vejo para serenar seria o presidente Bolsonaro convidar o Bivar para uma conversa. O Bivar não vai pedir essa conversa com o presidente”, disse.
> “Vai governar como?”, diz Bebianno sobre Joice não ser líder de Bolsonaro
Segundo Olimpio, há um movimento dentro do partido para tentar reaproximar os dois. “Eu ainda prossigo na tentativa de reaproximação do presidente Bolsonaro com o partido. Nós não queremos perder o presidente Bolsonaro. Ele é o nosso maior ícone político, talvez o único”, disse na porta do diretório nacional do PSL em Brasília.
Olimpio e outros membros do PSL se reúnem nesta sexta para uma convenção extraordinária da sigla. Segundo o senador, o encontro tem a função de promover “ajustes internos no partido”, como o preenchimento de vagas da executiva nacional, que ficaram vacantes com a saída de pessoas do partido ao longo dos anos.
Leia também
Além disso, os integrantes do PSL devem debater a crise na legenda. “Logicamente, diante de toda a crise que estamos vivenciando, nos vamos discutir, vamos debater tudo que se está se passando neste momento para serenar os ânimos no partido”, disse.
Saída de Joice
O senador comentou também sobre a retirada da deputada Joice Hasselmann (SP) da liderança do PSL no Congresso, classificando o episódio como uma perda para o governo. “Quem perde, naturalmente, é o governo. Ela fez um trabalho extenuante, muito efetivo, se dedicou demais nesses dez meses”, elogiou.
Ele afirmou que a saída de Joice é um prêmio para ela, que poderá se dedicar ao “mandato” de parlamentar, à “família” e aos planejamentos para “se efetivar como pré-candidata à prefeitura de São Paulo”.
> Senador do MDB substitui Joice Hasselmann como líder do governo no Congresso
Acho a situação do Bolsonaro (e do Brasil) muuuito lamentável!
Não que ele esteja diferente daquilo que sempre foi, pois ao assumir a Presidência da República continua sendo uma pessoa que provoca fagulhas por onde passa, inclusive entre seus aliados; continua demonstrando ser um sujeito prepotente e incapaz para o exercício do cargo que ocupa (aliás, nunca serviu para nada, tendo sido mandado disciplinarmente para fora do Exército, numa reforma compulsória); continua demonstrando apêgo ao totalitarismo; continua com visão política curtíssima, agarrado a temas periféricos, de importância secundária… Ou seja, o Povo Brasileiro errou feio votando em Bolsonaro. Salva-o, ainda, o bom ministério que possui, a despeito de um ou outro inservível e problemático, como o do Turismo, o da Educação e o das Relações Exteriores.
Bolsonaro, rigorosamente, tem “espírito ditatorial” (que Deus nos livre e guarde!). Quem se opõe ao que pretende fazer ou desfazer, é logo tido como inimigo e exonerado do cargo. Por causa disso, quem deseja permanecer, cala-se. Ou acovarda-se, a exemplo dos Generais. Um Presidente da República não é dono do Brasil. Cadê os Generais que não enquadram esse presidente criador de caso? Respondo: estão todos escondidos debaixo das mesas.
Acho a situação do Bolsonaro (e do Brasil) muuuito lamentável! E frágil! Começo a suspeitar que terminará impedido, por absoluta incapacidade. É esperar prá ver. Neste caso, assumirá o Mourão que, convenhamos, é muuuito mais interessante para o Brasil.