O presidente Jair Bolsonaro nomeou, nesta segunda-feira (4), o delegado Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O decreto foi assinado pelo presidente e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça.
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O delegado é ligado a Alexandre Ramagem, que chegou a ser nomeado por Bolsonaro, mas teve sua posse barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O novo diretor-geral da PF era secretário de Planejamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão comandado por Ramagem.
Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem ao analisar pedido do PDT, que questionava os vínculos do indicado com a família Bolsonaro.
O novo diretor-geral assinou o termo de posse 30 minutos após o presidente fazer o anúncio pelo Twitter. A mudança no comando da Polícia Federal foi estopim para a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao entregar o cargo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.
Já a decisão de Moraes foi usada por apoiadores de Bolsonaro para atacar ministros do Supremo em ato pró-intervenção militar realizado ontem em Brasília e que teve a presença do presidente da República. Jornalistas foram agredidos por manifestantes. Entidades acusaram o chefe do Executivo de incentivar a violência contra profissionais de imprensa.
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