O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou, nesta segunda-feira (1º), a tensão política que vem se acirrando nos últimos com declarações do presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao UOL, ele disse não acreditar em uma eventual tentativa de ruptura democrática por meio das Forças Armadas.
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“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas [as Forças Armadas] representam o Estado brasileiro”, afirmou.
Segundo ele, os ministros representam a política do governo Bolsonaro. “Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Força Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.
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O presidente da Câmara defendeu ainda que o Congresso retome as discussões da reforma tributária em até quatro semanas. Maia defendeu que o assunto seja debatido mesmo em reuniões remotas durante o período da pandemia.
Publicidade“As reuniões por videoconferência ganharam muito espaço com a pandemia e vão continuar tendo esse espaço, não só na política, mas na sociedade. E nós precisamos retomar esse debate da reforma tributária, da simplificação do sistema de impostos de bens e serviços — se for o caso, entrar no debate sobre a renda, outros tributos”, afirmou.
Assim como havia feito no sábado, em uma live, o presidente da Câmara voltou a cobrar do governo que envie as reformas ao Congresso. “Mas é importante que a gente possa, daqui a três, quatro semanas, retomar esse debate. Esperar o governo encaminhar a reforma administrativa, trabalhar matérias que a gente já vinha debatendo, autonomia do Banco Central, que é muito importante, a lei cambial”, ressaltou.
O movimento no Congresso para a retomada das discussões sobre a reforma tributária foi antecipado pelo Congresso em Foco Premium no dia 6 de maio.
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