Após polêmica sobre o desaparecimento e a morte de Fernando Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o Ministério Público Federal denunciou o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Cláudio Antônio Guerra, 79 anos, pelo crime de ocultação e destruição de 12 cadáveres durante o regime de repressão (entre 1973 e 1975). No período, os corpos foram incinerados em fornos da Usina Cambahyba, em Campos (RJ).
Nos relatos reunidos no livro “Memórias de uma Guerra Suja”, que levaram à denúncia, o ex-agente da repressão relata que recolheu os corpos no DOI-Codi (Destacamento de Operação de Informação e Centro de Operações de Defesa Interna), na Tijuca, no Rio, e em um imóvel conhecido como “Casa da Morte”, em Petrópolis (RJ).
Os relatos foram confirmados por testemunhas e documentos. Entre os cadáveres citados pelo ex-delegado está o de Fernando Augusto, alvo da recente polêmica envolvendo o presidente Jair Bolsonaro.
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Na segunda-feira (29), o presidente afirmou que poderia explicar a Felipe Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
Ele reclamava da atuação do advogado na investigação do caso de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado.
Os nomes dos corpos estão na lista de 136 pessoas consideradas desaparecidas pela lei que “reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação ou acusação de participação em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”.
Veja aqui a íntegra da denúncia do Ministério Público Federal.
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Êita, que a esquerdalhada tá levando um baile do Bolsonaro!
Vão levar uma sinuca de bico, como levaram no caso do Adélio. Pode escrever que o tal documento montado pela comissão da meia-verdade vai ser desacreditado.
Ele pode não saber nada de economia, como ele mesmo diz, mas de estratégia de guerra o homem manja muito!