O Ministério da Saúde cancelou a compra de 14 milhões de testes rápidos de antígeno para a detecção da Covid pelo SUS em 2021, ápice da pandemia no Brasil. A informação consta em um relatório do Tribunal de Contas de União (TCU) de dezembro e foi publicada pelo site Repórter Brasil.
De acordo com o TCU o processo para compra dos testes foi marcado por lentidão, “idas e vindas” entre dois departamentos do Ministério e desconhecimento dos servidores quanto aos procedimentos internos para realização de pregões eletrônicos.
O processo em questão, isto é, para aquisição dos 14 milhões de testes rápidos, teve início em março de 2021, mas se arrastou por cinco meses até ser cancelado. O pregão nunca foi realizado.
Em maio, o Ministério da Saúde chegou a prometer a remessa de 10 a 26 milhões de testes de antígenos mensalmente aos estados e municípios. Essa ação seria parte de um plano de testagem em massa que estava previsto para começar em setembro, mas também ficou apenas no papel. Ao longo de todo o ano, a pasta conseguiu promover a testagem de apenas 14% da população com distribuição de 30 milhões de testes para o SUS.
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“O ritmo para aprovação do programa de testagem, bem como das aquisições dos testes, caracteriza-se por ser moroso, o que acaba por fragilizar a prioridade que a ação necessita ter dentro de um cenário pandêmico”, diz o documento que tem relatoria do ministro Vital do Rêgo Barros. Ele seu voto ele falou da urgência em se aprovar um plano de testagem em massa aliado às campanhas de vacinação para que o país retornasse à vida normal.
“O Brasil, apesar de ocupar a terceira posição no ranking de infecções por covid-19, é apenas o 125º colocado quando se trata de proporção de testes por milhão de habitante”, completou o ministro no seu relatório. Em dezembro o Brasil registrou 615 mil mortos pela doença.
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