Com o aumento do desgaste sobre as suspeitas de beneficiamento indevido para liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sinalizou nesta segunda-feira (28) que pretende se afastar do cargo até o final das investigações na pasta. O objetivo é evitar ainda mais desgaste no governo e na candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição.
Na ausência de Milton, quem assumirá o cargo é Victor Godoy Veiga, atual secretário-executivo da Educação. Godoy se reunirá com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto ainda hoje às 14h30.
O ministro é acusado de privilegiar dois líderes evangélicos na liberação de recursos do FNDE. Além de definirem as liberações, havia por parte deles cobrança de propina, segundo as denúncias. Em um áudio, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, Milton Ribeiro dizia que os privilégios aos religiosos era um pedido de Bolsonaro. As acusações também apontam para a existência de um “gabinete paralelo” dentro do ministério, com pastores cobrando propinas de prefeitos para facilitar a liberação de verbas do MEC.
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O caso é investigado pela Polícia Federal (PF) a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU) após uma sindicância interna apontar supostas fraudes. O Supremo Tribunal Eleitoral (STF) também autorizou um inquérito para investigar as denúncias no ministério.
Procurada, a assessoria de imprensa do ministro afirma que ainda aguarda “definições das esferas superiores”.
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