O presidente Lula vai ao Vaticano encontrar-se com o Papa Francisco em semana decisiva para o governo no Congresso. Lula deve embarcar na próxima terça-feira (20) e conversar com o pontífice na quarta (21).
No mesmo 21 de junho, duas pautas importantes estarão em evidência no Congresso:
- a Comissão de Assuntos Econômicos deve analisar o relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre o arcabouço fiscal do governo Lula, que substitui o teto de gastos instituído por Michel Temer. O projeto pode ir ao plenário no mesmo dia, de acordo com Omar.
- o advogado Cristiano Zanin, indicado por Lula para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, passa por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado. A indicação do nome dele também pode ir ao plenário logo depois.
Lula e Papa Francisco conversaram por telefone no último dia 31. Na ocasião, o presidente agradeceu a atuação do Papa pela paz na Ucrânia e pelo combate à pobreza. Também agradeceu a atuação da Igreja Católica no Brasil pela preservação da Amazônia, contra as forças que atacam a floresta, além das menções de solidariedade do Papa com o país e com ele próprio ao longo dos últimos anos. Ele falou, ainda, do esforço de retomar no Brasil o combate à pobreza e à fome, e convidou o pontífice a fazer uma visita ao país.
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Ainda na próxima semana, Lula também pretende se reunir com o presidente da Itália, Sergio Mattarella. Na sequência, viajará para a França, onde vai se encontrar com o presidente Emmanuel Macron.
Nas últimas semanas, o governo vem sendo criticado por seus problemas de articulação com o Congresso, em especial com a Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira. Uma das medidas tomadas pelo presidente Lula foi a de começar a tratar do assunto pessoalmente. Em 5 de junho, o petista recebeu Lira no Palácio da Alvorada. Na próxima semana, porém, Lula estará ausente de Brasília.
Embora as duas pautas – Zanin e arcabouço fiscal – estejam sendo votadas no Senado, onde a situação é mais confortável para o governo, há a possibilidade de o marco fiscal voltar para a Câmara, caso seu texto sofra modificações. Se isso acontecer, é possível que o projeto volte ao plenário na Câmara enquanto Lula ainda estiver no exterior.
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